Publicado 16/05/2022 09:38
A Comissão Europeia reduziu drasticamente a previsão de crescimento econômico para a Eurozona este ano, de 4,0% para 2,7%, ao mesmo tempo que elevou a expectativa de inflação para 6,1%, uma consequência do impacto da guerra na Ucrânia.
Na previsão anterior, publicada antes do início do conflito na Ucrânia, a Comissão revelou a expectativa de um crescimento robusto como parte do grande estímulo de recuperação pós-pandemia.
Por este motivo, a Comissão afirma que o corte "deve ser interpretado no contexto do estímulo de crescimento da economia na primavera e no verão (hemisfério norte) do ano passado".
A Comissão ressalta o enorme impacto que a situação na Ucrânia terá no desempenho econômico tanto para a zona da moeda comum como para o conjunto da União Europeia (UE).
Para toda UE (incluindo os oito países que não adotaram o euro como moeda), a Comissão também previu em fevereiro um crescimento de 4,0%, que agora foi reduzido para 2,7%, mesmo índice anunciado para a Eurozona.
A redução drástica das expectativas está alinhada com a projeção anunciada em abril pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), para um crescimento de 2,8% da Eurozona este ano.
De acordo com a Comissão, o "principal golpe" para o desempenho econômico "vem dos preços das matérias-primas energéticas".
Essas matérias-primas já haviam registrado forte alta a partir do último trimestre de 2021, mas "a incerteza sobre as cadeias de abastecimento pressionou os preços, ao mesmo tempo que aumentou sua volatilidade".
O quadro também é observado "para alimentos e outros bens e serviços básicos, enquanto o poder de compra das famílias registra queda".
Inflação sem trégua
O diagnóstico também afeta a trajetória da inflação, que desde meados do ano passado se tornou uma grande dor de cabeça para a UE.
Nas projeções divulgadas em fevereiro, a UE calculava uma inflação de 3,5% para o bloco este ano. Após o início da guerra, elevou a expectativa para 6,1%.
Além disso, a Comissão espera que a inflação alcance o teto de 6,9% no segundo trimestre deste ano, para iniciar uma queda gradativa e fechar 2023 com um índice de 2,7%.
O quadro também é observado "para alimentos e outros bens e serviços básicos, enquanto o poder de compra das famílias registra queda".
Inflação sem trégua
O diagnóstico também afeta a trajetória da inflação, que desde meados do ano passado se tornou uma grande dor de cabeça para a UE.
Nas projeções divulgadas em fevereiro, a UE calculava uma inflação de 3,5% para o bloco este ano. Após o início da guerra, elevou a expectativa para 6,1%.
Além disso, a Comissão espera que a inflação alcance o teto de 6,9% no segundo trimestre deste ano, para iniciar uma queda gradativa e fechar 2023 com um índice de 2,7%.
"Não há dúvidas de que a economia da UE está enfrentando um período de desafios por causa da guerra", afirmou o vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, em um comunicado, acrescentando que o principal fator negativo é "a alta nos preços da energia".
O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, insistiu em que a guerra na Ucrânia tem um impacto sobre "a recuperação econômica da Europa".
"A guerra levou a um aumento dos preços da energia e aumentou os problemas nas cadeias de abastecimento, motivo pelo qual a previsão agora é que a inflação se mantenha mais alta por mais tempo", completou.
O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, insistiu em que a guerra na Ucrânia tem um impacto sobre "a recuperação econômica da Europa".
"A guerra levou a um aumento dos preços da energia e aumentou os problemas nas cadeias de abastecimento, motivo pelo qual a previsão agora é que a inflação se mantenha mais alta por mais tempo", completou.
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