Publicado 16/05/2022 21:40 | Atualizado 16/05/2022 21:40
Um tribunal do Chile condenou o cineasta Nicolás López, que dirigiu alguns dos filmes de comédia mais populares do país, a cinco anos de prisão por duas acusações de abuso sexual, informou o Poder Judiciário nesta segunda-feira (16).
López teve entre seus elencos as jovens atrizes mais conhecidas do Chile e se tornou popular por filmes humorísticos como "Sin filtro" (2016) e "Não Estou Louca" (2018). "Sin Filtro" ganhou versões no México, Argentina e Espanha.
O diretor foi condenado a "cinco anos e um dia de prisão efetiva", por duas acusações de abuso sexual cometidos em 2015 e 2016, disse o tribunal.
Durante o midiático julgamento, que começou há três anos, o cineasta de 39 anos foi absolvido das acusações de estupro e atentado ao pudor.
A defesa de López anunciou que apelará da decisão anunciada nesta segunda-feira pelo tribunal da cidade de Viña del Mar (centro).
"Lamentamos profundamente resolução do tribunal de determinar a prisão efetiva do senhor Nicolás López. O Sr. López não é um perigo para a sociedade, tem uma conduta anterior impecável e colaborou em todos os momentos com a investigação", apontou a advogada Paula Vial.
"Vamos recorrer desta decisão e da condenação por abuso sexual, pois acreditamos que o padrão de prova exigido nos dois casos pelos quais ele foi condenado não foi alcançado (...) O Sr. López não é um estuprador ou abusador de mulheres", afirmou Vial em um comunicado à imprensa.
O caso contra López começou após denúncias de várias atrizes e modelos, que o acusaram de convocá-las para testes e reuniões de trabalho em sua casa para cometer os abusos.
O processo causou grande escândalo no Chile e veio à tona no momento em que o movimento global #MeToo descobriu vários casos de abuso sexual cometidos por pessoas poderosas, especialmente na indústria do entretenimento.
"Lamentamos profundamente resolução do tribunal de determinar a prisão efetiva do senhor Nicolás López. O Sr. López não é um perigo para a sociedade, tem uma conduta anterior impecável e colaborou em todos os momentos com a investigação", apontou a advogada Paula Vial.
"Vamos recorrer desta decisão e da condenação por abuso sexual, pois acreditamos que o padrão de prova exigido nos dois casos pelos quais ele foi condenado não foi alcançado (...) O Sr. López não é um estuprador ou abusador de mulheres", afirmou Vial em um comunicado à imprensa.
O caso contra López começou após denúncias de várias atrizes e modelos, que o acusaram de convocá-las para testes e reuniões de trabalho em sua casa para cometer os abusos.
O processo causou grande escândalo no Chile e veio à tona no momento em que o movimento global #MeToo descobriu vários casos de abuso sexual cometidos por pessoas poderosas, especialmente na indústria do entretenimento.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.