Publicado 18/05/2022 15:39
Bruxelas, Bélgica - Finlândia e Suécia abandonaram décadas de não alinhamento militar e formalizaram seus pedidos de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta quarta-feira (18), uma consequência direta da invasão da Ucrânia pela Rússia, que está reconfigurando o mapa de segurança na Europa.
Em Kiev, capital da Ucrânia, um soldado russo se declarou culpado em um tribunal local no primeiro julgamento por crimes de guerra desde o início da ofensiva iniciada em 24 de fevereiro passado.
O sargento Vadim Shishimarin, de 21 anos, admitiu ter matado um civil desarmado de 62 anos na região de Sumy, em 28 de fevereiro.
"Com este primeiro julgamento, estamos enviando um sinal claro de que todos os agressores, todas as pessoas que ordenam, ou ajudam a cometer crimes de guerra na Ucrânia, não poderão fugir da responsabilidade", declarou a procuradora-geral ucraniana, Irina Venediktova.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que seu governo não tem informações sobre Shishimarin e garantiu que todas as acusações de crimes de guerra na Ucrânia são "falsas", ou meras "montagens".
Em Bruxelas, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que o pedido de adesão de Finlândia e Suécia é um passo "histórico", embora as propostas enfrentem a oposição da Turquia, membro da Aliança Transatlântica.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou seu "firme apoio às históricas candidaturas" e disse que trabalharia com os dois países para "manter o alerta diante de qualquer ameaça a nossa segurança comum", segundo comunicado da Casa Branca.
A entrada de novos países na Otan exige aprovação unânime dos membros da aliança. Ancara se opõe, alegando que os dois candidatos protegem supostos extremistas curdos. Os demais integrantes da organização esperam conseguir reverter a posição turca.
Hoje, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, reúne-se em Nova York com seu homólogo turco, Mevlut Cavusoglu.
No plano diplomático, também nesta quarta, o Kremlin anunciou a expulsão de 27 diplomatas espanhóis, 34 franceses e 24 italianos, medidas denunciadas pelos países afetados.
Em Kiev, capital da Ucrânia, um soldado russo se declarou culpado em um tribunal local no primeiro julgamento por crimes de guerra desde o início da ofensiva iniciada em 24 de fevereiro passado.
O sargento Vadim Shishimarin, de 21 anos, admitiu ter matado um civil desarmado de 62 anos na região de Sumy, em 28 de fevereiro.
"Com este primeiro julgamento, estamos enviando um sinal claro de que todos os agressores, todas as pessoas que ordenam, ou ajudam a cometer crimes de guerra na Ucrânia, não poderão fugir da responsabilidade", declarou a procuradora-geral ucraniana, Irina Venediktova.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que seu governo não tem informações sobre Shishimarin e garantiu que todas as acusações de crimes de guerra na Ucrânia são "falsas", ou meras "montagens".
Em Bruxelas, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que o pedido de adesão de Finlândia e Suécia é um passo "histórico", embora as propostas enfrentem a oposição da Turquia, membro da Aliança Transatlântica.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou seu "firme apoio às históricas candidaturas" e disse que trabalharia com os dois países para "manter o alerta diante de qualquer ameaça a nossa segurança comum", segundo comunicado da Casa Branca.
A entrada de novos países na Otan exige aprovação unânime dos membros da aliança. Ancara se opõe, alegando que os dois candidatos protegem supostos extremistas curdos. Os demais integrantes da organização esperam conseguir reverter a posição turca.
Hoje, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, reúne-se em Nova York com seu homólogo turco, Mevlut Cavusoglu.
No plano diplomático, também nesta quarta, o Kremlin anunciou a expulsão de 27 diplomatas espanhóis, 34 franceses e 24 italianos, medidas denunciadas pelos países afetados.
Mediadores em Azovstal
No terreno, na devastada cidade de Mariupol (sudeste), no mar de Azov, uma unidade de soldados ucranianos resiste entrincheirada há várias semanas na siderúrgica de Azovstal, embora a Rússia tenha afirmado nesta quarta que 959 combatentes já se renderam nos últimos dias.
A queda de Mariupol seria um passo importante na estratégia do presidente russo, Vladimir Putin, de concentrar sua ofensiva no leste e no sul da Ucrânia, depois de ser forçado a diminuir a pressão sobre Kiev e o norte do país.
De acordo com um líder separatista pró-russo, cerca de 1 mil soldados ucranianos ainda estão abrigados nos túneis de Azovstal, com quilômetros de extensão.
O Ministério ucraniano da Defesa garantiu que fará "tudo o que for necessário" para resgatar esses soldados, que se tornaram um símbolo da resistência do país.
"Os mediadores internacionais mais influentes estão envolvidos" nessas negociações, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O Ministério da Defesa da Rússia divulgou imagens de soldados em macas e disse que os feridos foram levados para um hospital na região de Donetsk, controlada pelos separatistas pró-russos.
O destino dos soldados capturados é incerto, embora Putin tenha "garantido" que "serão tratados de acordo com as leis internacionais pertinentes", segundo o porta-voz do Kremlin.
"Minha guerra não terminou"
A queda de Mariupol seria um passo importante na estratégia do presidente russo, Vladimir Putin, de concentrar sua ofensiva no leste e no sul da Ucrânia, depois de ser forçado a diminuir a pressão sobre Kiev e o norte do país.
De acordo com um líder separatista pró-russo, cerca de 1 mil soldados ucranianos ainda estão abrigados nos túneis de Azovstal, com quilômetros de extensão.
O Ministério ucraniano da Defesa garantiu que fará "tudo o que for necessário" para resgatar esses soldados, que se tornaram um símbolo da resistência do país.
"Os mediadores internacionais mais influentes estão envolvidos" nessas negociações, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O Ministério da Defesa da Rússia divulgou imagens de soldados em macas e disse que os feridos foram levados para um hospital na região de Donetsk, controlada pelos separatistas pró-russos.
O destino dos soldados capturados é incerto, embora Putin tenha "garantido" que "serão tratados de acordo com as leis internacionais pertinentes", segundo o porta-voz do Kremlin.
"Minha guerra não terminou"
Apesar da resistência obstinada em lugares como Mariupol, as forças ucranianas estão se retirando de muitas posições no leste.
Campos em chamas ao redor da cidade de Sydoriv testemunham as tropas russas em uma posição que abriria caminho para Slovyansk e o centro administrativo do leste ucraniano em Kramatorsk.
Yaroslava, uma voluntária do Exército de 51 anos, morava em Londres com sua família antes da guerra, mas diz que todos se sentiram compelidos a voltar. Agora, ela não tem notícias do marido, e seus dois filhos acabam de assinar um contrato de três anos com o Exército.
"Vamos lutar, vamos continuar lutando. Minha guerra não acabou", disse ela.
O julgamento por crimes de guerra contra o soldado russo que começou hoje representa um teste para o sistema de justiça ucraniano, em um momento em que várias organizações internacionais realizam suas próprias investigações. O soldado russo pode pegar prisão perpétua.
Segundo os promotores, ele comandava uma unidade de uma divisão blindada quando seu comboio foi atacado e, junto com quatro soldados, roubou um carro para fugir. Na fuga, encontraram um homem de 62 anos de bicicleta. Por ordem de outro soldado, o acusado atirou e matou o civil para evitar que fossem denunciados.
Instituições como o Tribunal Penal Internacional (TPI) e o Conselho de Direitos Humanos da ONU investigam supostas atrocidades atribuídas às tropas russas, e o Departamento de Estado americano anunciou a criação de uma unidade para documentar esses crimes.
Campos em chamas ao redor da cidade de Sydoriv testemunham as tropas russas em uma posição que abriria caminho para Slovyansk e o centro administrativo do leste ucraniano em Kramatorsk.
Yaroslava, uma voluntária do Exército de 51 anos, morava em Londres com sua família antes da guerra, mas diz que todos se sentiram compelidos a voltar. Agora, ela não tem notícias do marido, e seus dois filhos acabam de assinar um contrato de três anos com o Exército.
"Vamos lutar, vamos continuar lutando. Minha guerra não acabou", disse ela.
O julgamento por crimes de guerra contra o soldado russo que começou hoje representa um teste para o sistema de justiça ucraniano, em um momento em que várias organizações internacionais realizam suas próprias investigações. O soldado russo pode pegar prisão perpétua.
Segundo os promotores, ele comandava uma unidade de uma divisão blindada quando seu comboio foi atacado e, junto com quatro soldados, roubou um carro para fugir. Na fuga, encontraram um homem de 62 anos de bicicleta. Por ordem de outro soldado, o acusado atirou e matou o civil para evitar que fossem denunciados.
Instituições como o Tribunal Penal Internacional (TPI) e o Conselho de Direitos Humanos da ONU investigam supostas atrocidades atribuídas às tropas russas, e o Departamento de Estado americano anunciou a criação de uma unidade para documentar esses crimes.
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