Publicado 19/05/2022 14:08
Kiev, Ucrânia - A Rússia anunciou nesta quinta-feira (19) que 1,7 mil militares ucranianos que estavam entrincheirados na siderúrgica Azovstal de Mariupol se renderam esta semana, após uma batalha que se tornou emblemática na guerra que já dura quase três meses.
Entre os combatentes que entregaram as armas estão 80 feridos, que foram levados para um hospital em território controlado pela Rússia, informou o ministério da Defesa da Rússia.
O ministério divulgou um vídeo que mostra soldados saindo da usina, alguns visivelmente feridos e outros utilizando muletas. Soldados russos os revistam e inspecionam suas mochilas.
De acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, "centenas de prisioneiros de guerra ucranianos" estariam na usina de Mariupol, uma cidade portuária destruída pelos bombardeios russos.
Apesar da queda de Mariupol, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que a invasão russa era "um fracasso absoluto".
"Eles têm medo de reconhecer que cometeram erros catastróficos no mais elevado nível militar e estatal", disse.
Em uma mensagem divulgada no Telegram, Zelensky afirmou que a população permanece "forte, inquebrantável, corajoso e livre".
"Garantir a solvência de Kiev"
Entre os combatentes que entregaram as armas estão 80 feridos, que foram levados para um hospital em território controlado pela Rússia, informou o ministério da Defesa da Rússia.
O ministério divulgou um vídeo que mostra soldados saindo da usina, alguns visivelmente feridos e outros utilizando muletas. Soldados russos os revistam e inspecionam suas mochilas.
De acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, "centenas de prisioneiros de guerra ucranianos" estariam na usina de Mariupol, uma cidade portuária destruída pelos bombardeios russos.
Apesar da queda de Mariupol, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que a invasão russa era "um fracasso absoluto".
"Eles têm medo de reconhecer que cometeram erros catastróficos no mais elevado nível militar e estatal", disse.
Em uma mensagem divulgada no Telegram, Zelensky afirmou que a população permanece "forte, inquebrantável, corajoso e livre".
"Garantir a solvência de Kiev"
No plano diplomático, os países do G7 reúnem-se nesta quinta e sexta-feira na Alemanha, para apoiar a economia ucraniana, com a prioridade de concluir uma nova rodada de financiamento para cobrir o orçamento ucraniano para o atual trimestre.
Os sócios do G7 (Estados Unidos, Japão, Canadá, França, Itália, Reino Unido e Alemanha) têm que "garantir a solvência da Ucrânia", afirmou o ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, ao jornal Die Welt.
A invasão provocou um rombo nas finanças do país, com uma queda expressiva da arrecadação fiscal e um déficit de 5 bilhões de dólares mensais.
Ucrânia perde terreno no leste
Os sócios do G7 (Estados Unidos, Japão, Canadá, França, Itália, Reino Unido e Alemanha) têm que "garantir a solvência da Ucrânia", afirmou o ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, ao jornal Die Welt.
A invasão provocou um rombo nas finanças do país, com uma queda expressiva da arrecadação fiscal e um déficit de 5 bilhões de dólares mensais.
Ucrânia perde terreno no leste
Na frente militar, as forças ucranianas estão lentamente perdendo terreno na frente oriental do Donbass, uma área de mineração parcialmente controlada por separatistas pró-Rússia desde 2014.
Pelo menos 12 pessoas morreram e 40 ficaram feridas em bombardeios russos na cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, sobre a qual as tropas russas estão tentando fechar o cerco, informou o governador regional.
Uma equipe da AFP constatou que esta cidade industrial se tornou um campo de batalha.
"Não sabemos quem está atirando, nem de onde", testemunhou um homem de 55 anos, que vive com outras pessoas em um porão.
Em contrapartida, a situação se acalma em Kiev, onde os Estados Unidos reabriram sua embaixada que estava fechada desde 14 de fevereiro, dez dias antes do início da invasão russa.
A operação militar iniciada por Moscou em 24 de fevereiro empurrou Suécia e Finlândia para uma aproximação da Otan.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu hoje os chefes de Governo dos dois países para apoiar seu pedido de entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte.
"Dou boas-vindas calorosas e apoio com veemência os pedidos históricos" da Finlândia e da Suécia, afirmou Biden em um comunicado, no qual citou os dois países como "parceiros incondicionais de longa data".
A adesão exige o apoio unânime dos 30 países da Otan. O principal obstáculo é a Turquia, que acusa os dois países nórdicos de abrigar extremistas separatistas do Curdistão, que estão em conflito há décadas com Ancara.
O presidente russo, Vladimir Putin, que justificou em parte a invasão da Ucrânia pela expansão da Otan até as fronteiras de seu país, afirmou que a entrada dos dois países nórdicos "não representa uma ameaça direta".
Mas ele destacou que a "expansão da infraestrutura militar a estes territórios vai gerar uma resposta" da Rússia, que compartilha 1,3 mil quilômetros de fronteira com a Finlândia.
"Perdão"
Pelo menos 12 pessoas morreram e 40 ficaram feridas em bombardeios russos na cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, sobre a qual as tropas russas estão tentando fechar o cerco, informou o governador regional.
Uma equipe da AFP constatou que esta cidade industrial se tornou um campo de batalha.
"Não sabemos quem está atirando, nem de onde", testemunhou um homem de 55 anos, que vive com outras pessoas em um porão.
Em contrapartida, a situação se acalma em Kiev, onde os Estados Unidos reabriram sua embaixada que estava fechada desde 14 de fevereiro, dez dias antes do início da invasão russa.
A operação militar iniciada por Moscou em 24 de fevereiro empurrou Suécia e Finlândia para uma aproximação da Otan.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu hoje os chefes de Governo dos dois países para apoiar seu pedido de entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte.
"Dou boas-vindas calorosas e apoio com veemência os pedidos históricos" da Finlândia e da Suécia, afirmou Biden em um comunicado, no qual citou os dois países como "parceiros incondicionais de longa data".
A adesão exige o apoio unânime dos 30 países da Otan. O principal obstáculo é a Turquia, que acusa os dois países nórdicos de abrigar extremistas separatistas do Curdistão, que estão em conflito há décadas com Ancara.
O presidente russo, Vladimir Putin, que justificou em parte a invasão da Ucrânia pela expansão da Otan até as fronteiras de seu país, afirmou que a entrada dos dois países nórdicos "não representa uma ameaça direta".
Mas ele destacou que a "expansão da infraestrutura militar a estes territórios vai gerar uma resposta" da Rússia, que compartilha 1,3 mil quilômetros de fronteira com a Finlândia.
"Perdão"
Mais de seis milhões de ucranianos fugiram para o exterior e mais de oito milhões viraram deslocados internos, para fugir das tropas russas que acumulam acusações de crimes de guerra de Kiev e dos países ocidentais.
O primeiro soldado russo julgado na Ucrânia por crimes de guerra pediu "perdão" nesta quinta-feira em um tribunal de Kiev ao detalhar como matou um civil no início da invasão russa.
"Sei que você não poderá me perdoar, mas, mesmo assim, peço perdão", afirmou o sargento russo Vadim Shishimarin, de 21 anos, à esposa do civil de 62 anos que ele admitiu ter matado no nordeste da Ucrânia em 28 de fevereiro.
A Promotoria solicitou prisão perpétua para o réu.
O governo russo afirmou que não tem informações sobre o caso, mas que a maioria das denúncias na Ucrânia são "falsas ou encenações".
As acusações também são investigadas pelo Tribunal Penal Internacional, que enviou 42 observadores ao país, e pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU.
O primeiro soldado russo julgado na Ucrânia por crimes de guerra pediu "perdão" nesta quinta-feira em um tribunal de Kiev ao detalhar como matou um civil no início da invasão russa.
"Sei que você não poderá me perdoar, mas, mesmo assim, peço perdão", afirmou o sargento russo Vadim Shishimarin, de 21 anos, à esposa do civil de 62 anos que ele admitiu ter matado no nordeste da Ucrânia em 28 de fevereiro.
A Promotoria solicitou prisão perpétua para o réu.
O governo russo afirmou que não tem informações sobre o caso, mas que a maioria das denúncias na Ucrânia são "falsas ou encenações".
As acusações também são investigadas pelo Tribunal Penal Internacional, que enviou 42 observadores ao país, e pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU.
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