Massacre na escola Robb Elementary, na cidade de Uvalde deixou mais de 20 mortosAFP
Publicado 26/05/2022 17:56
Washington, EUA - Republicanos impediram no Senado americano nesta quinta-feira (26) a aprovação de um projeto de lei para combater o terrorismo doméstico, após o massacre com motivação racial ocorrido neste mês em um supermercado de Nova York.
Os democratas contavam com o bloqueio do projeto, mas queriam usar a votação para enfatizar a oposição dos republicanos ao endurecimento das leis sobre o controle e porte de armas, após o massacre desta terça-feira (24) em uma escola primária do Texas.
A comoção com a magnitude do massacre, ocorrido menos de duas semanas depois do ataque em Buffalo, Nova York, catapultou a crise da violência com armas de fogo nos Estados Unidos.
"O projeto de lei é muito importante, porque o tiroteio em massa em Buffalo foi um ato de terrorismo doméstico", disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, antes da votação.
A Lei de Prevenção do Terrorismo Doméstico teria permitido a criação de unidades dentro do FBI e dos departamentos de Justiça e Segurança Interna para combater o terrorismo doméstico, principalmente o movimento supremacista branco.
Pouco antes da votação, Schumer disse que chorou ao ver fotos das vítimas de terça-feira, e chamou o governador do estado, o defensor do porte e posse de armas Greg Abbott, de "fraude absoluta".
Abbott trabalhou para aliviar as restrições às armas no Texas, incluindo a assinatura de uma medida no ano passado autorizando os moradores a portar armas sem a necessidade de licença ou treinamento.
O projeto não obteve no Senado os 60 votos necessários para iniciar o debate. Os republicanos afirmaram que já existem leis contra os supremacistas brancos e outros terroristas domésticos, e acusaram os democratas de politizarem o massacre de Buffalo, que matou 10 negros. Também argumentaram que a legislação poderia ser usada de forma abusiva para perseguir os opositores do governo democrata.
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