Publicado 28/05/2022 09:48
As autoridades ucranianas afirmaram estar fazendo "todo o possível" para defender a região do Donbass (leste), onde o exército russo confirmou neste sábado, 28, que controla a cidade estratégica de Lyman. "A situação em Donbass é muito, muito difícil", disse o presidente ucraniano Volodimir Zelensky. "Protegemos a nossa terra e fazemos tudo para reforçar" a defesa desta região, assegurou.
Neste sábado, o Ministério da Defesa da Rússia confirmou que controla a cidade de Lyman, um ponto-chave em seu avanço no leste da Ucrânia, que abre caminho para as grandes cidades de Sloviansk, que Kiev tomou de separatistas pró-Rússia em 2014, e Kramatorsk, capital da região de Donetsk (leste), que ainda está sob controle ucraniano.
"Após ações comuns das unidades de milícias da República Popular de Donetsk e das forças armadas russas, a cidade de Lyman foi totalmente libertada dos nacionalistas ucranianos", disse o Ministério da Defesa russo em comunicado, confirmando a informação divulgada na sexta-feira por separatistas ucranianos pró-Rússia.
Após a ofensiva malsucedida em Kiev e Kharkiv (nordeste) no início da guerra lançada pela Rússia em 24 de fevereiro, as forças russas se concentraram no leste da Ucrânia para controlar a área de mineração de Donbass, que desde 2014 está parcialmente em mãos de separatistas pró-Rússia apoiados por Moscou.
Além disso, em uma demonstração de seu poder militar, o exército russo anunciou neste sábado que disparou com sucesso um novo míssil de cruzeiro hipersônico Zircon da fragata "Amiral Gorshkov" no Mar de Barents, em direção a um alvo localizado a 1.000 quilômetros, nas águas do Mar Branco, no Ártico.
"O Donbass será ucraniano"
Neste sábado, o Ministério da Defesa da Rússia confirmou que controla a cidade de Lyman, um ponto-chave em seu avanço no leste da Ucrânia, que abre caminho para as grandes cidades de Sloviansk, que Kiev tomou de separatistas pró-Rússia em 2014, e Kramatorsk, capital da região de Donetsk (leste), que ainda está sob controle ucraniano.
"Após ações comuns das unidades de milícias da República Popular de Donetsk e das forças armadas russas, a cidade de Lyman foi totalmente libertada dos nacionalistas ucranianos", disse o Ministério da Defesa russo em comunicado, confirmando a informação divulgada na sexta-feira por separatistas ucranianos pró-Rússia.
Após a ofensiva malsucedida em Kiev e Kharkiv (nordeste) no início da guerra lançada pela Rússia em 24 de fevereiro, as forças russas se concentraram no leste da Ucrânia para controlar a área de mineração de Donbass, que desde 2014 está parcialmente em mãos de separatistas pró-Rússia apoiados por Moscou.
Além disso, em uma demonstração de seu poder militar, o exército russo anunciou neste sábado que disparou com sucesso um novo míssil de cruzeiro hipersônico Zircon da fragata "Amiral Gorshkov" no Mar de Barents, em direção a um alvo localizado a 1.000 quilômetros, nas águas do Mar Branco, no Ártico.
"O Donbass será ucraniano"
Zelensky assegurou que "se os ocupantes pensam que Lyman e Severodonetsk serão deles, estão errados". "O Donbass será ucraniano", reiterou. Um chefe de polícia da república separatista pró-Rússia de Luhansk, citado pela agência Ria Novosti, disse que "a cidade de Severodonetsk está atualmente cercada" e que as forças ucranianas estão presas. Mas o governador de Luhansk, Sergei Gaidai, assegurou pelo Telegram que é um erro dizer que a região ficará sob "controle total do inimigo russo" em "um, dois ou três dias".
"Provavelmente não" aceitarão, mas "talvez para evitar serem cercados, poderia haver uma ordem para que nossas tropas se retirassem", admitiu.
Em certas partes do leste da Ucrânia, a situação dos civis é dramática. "As pessoas correm grandes riscos para conseguir água e comida", disse Oleksandr Kozyr, chefe de um centro de distribuição de alimentos, de Lysychansk (leste). "Eles estão deprimidos e não têm mais medo. A única coisa que os preocupa é conseguir comida", acrescentou.
Na frente religiosa e em um movimento sem precedentes, a Igreja Ortodoxa Ucraniana, até então ligada a Moscou, rompeu os laços com as autoridades espirituais russas, que apoiam o presidente russo Vladimir Putin.
A igreja pronunciou "a total independência e autonomia da Igreja Ortodoxa Ucraniana", segundo um comunicado no qual observou que suas relações com a liderança de Moscou eram "complicadas ou inexistentes" desde o início do conflito.
Este é o segundo conflito ortodoxo em poucos anos na Ucrânia. Uma parte da igreja rompeu com Moscou em 2019 devido à interferência do Kremlin no leste do país.
Mais armas
"Provavelmente não" aceitarão, mas "talvez para evitar serem cercados, poderia haver uma ordem para que nossas tropas se retirassem", admitiu.
Em certas partes do leste da Ucrânia, a situação dos civis é dramática. "As pessoas correm grandes riscos para conseguir água e comida", disse Oleksandr Kozyr, chefe de um centro de distribuição de alimentos, de Lysychansk (leste). "Eles estão deprimidos e não têm mais medo. A única coisa que os preocupa é conseguir comida", acrescentou.
Na frente religiosa e em um movimento sem precedentes, a Igreja Ortodoxa Ucraniana, até então ligada a Moscou, rompeu os laços com as autoridades espirituais russas, que apoiam o presidente russo Vladimir Putin.
A igreja pronunciou "a total independência e autonomia da Igreja Ortodoxa Ucraniana", segundo um comunicado no qual observou que suas relações com a liderança de Moscou eram "complicadas ou inexistentes" desde o início do conflito.
Este é o segundo conflito ortodoxo em poucos anos na Ucrânia. Uma parte da igreja rompeu com Moscou em 2019 devido à interferência do Kremlin no leste do país.
Mais armas
A guerra também continua no resto da Ucrânia. As forças russas acumularam 30 tanques T-62, bem como outros blindados e sistemas de mísseis Grad na região de Kherson, atacados por helicópteros Mi-8, disse o Comando Sul do Exército Ucraniano no Facebook neste sábado.
Nesse contexto, Kiev voltou a pedir mais armas ocidentais. "Alguns aliados estão evitando dar as armas necessárias por medo da escalada. Escalada? A Rússia já está usando as armas não nucleares mais pesadas, queimando pessoas vivas. Talvez seja hora... de nos fornecer" vários lançadores de foguetes, disse no Twitter o conselheiro presidencial ucraniano Mikhailo Podolak.
A mídia americana citou essa possibilidade, mas o porta-voz do Pentágono, John Kirby, não a confirmou. "Continuamos comprometidos em ajudá-los a vencer no campo de batalha", disse.
A mídia americana citou essa possibilidade, mas o porta-voz do Pentágono, John Kirby, não a confirmou. "Continuamos comprometidos em ajudá-los a vencer no campo de batalha", disse.
Crise alimentar
Embora a Ucrânia, uma potência agrícola, não possa exportar seus grãos devido ao bloqueio de seus portos, Putin rejeitou na sexta-feira a responsabilidade russa pela crise alimentar global em uma conversa telefônica com o chanceler austríaco Karl Nehammer, segundo um comunicado do Kremlin.
Putin propôs nesta semana ajudar a "superar a crise alimentar" com a condição de que as sanções contra Moscou sejam levantadas primeiro, o que levou a denúncias de chantagem.
O presidente russo também acusou Kiev de "sabotar" as negociações e instou Kiev a desminar os portos "o mais rápido possível" para permitir a passagem de navios carregados de grãos, segundo o Kremlin.
Zelensky está programado para discursar na reunião de líderes da União Europeia em Bruxelas na segunda-feira por videoconferência, enquanto eles discutem a proposta de embargo ao petróleo russo, atualmente bloqueado pela Hungria.
Putin propôs nesta semana ajudar a "superar a crise alimentar" com a condição de que as sanções contra Moscou sejam levantadas primeiro, o que levou a denúncias de chantagem.
O presidente russo também acusou Kiev de "sabotar" as negociações e instou Kiev a desminar os portos "o mais rápido possível" para permitir a passagem de navios carregados de grãos, segundo o Kremlin.
Zelensky está programado para discursar na reunião de líderes da União Europeia em Bruxelas na segunda-feira por videoconferência, enquanto eles discutem a proposta de embargo ao petróleo russo, atualmente bloqueado pela Hungria.
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