Publicado 30/05/2022 13:57
Paris, França - Um jornalista francês morreu nesta segunda-feira (30) na Ucrânia enquanto cobria uma operação humanitária perto de Severdonetsk, anunciaram as autoridades francesas, que pediram uma "investigação transparente".
"Compartilho a tristeza da família, parentes e colegas de Frédéric Leclerc-Imhoff", que "estava na Ucrânia para cobrir a realidade da guerra", escreveu o presidente francês, Emmanuel Macron, em uma mensagem de condolências no Twitter.
Segundo o presidente francês, o repórter foi "ferido mortalmente" "a bordo de um ônibus humanitário, junto com civis que se viram obrigados a fugir para escapar das bombas russas".
"A BFMTV anuncia com grande dor a morte de Frédéric Leclerc-Imhoff", de 32 anos, informou a rede, especificando que ele foi ferido por estilhaços de morteiro "enquanto cobria uma operação humanitária".
A morte do cinegrafista da BFMTV, que morreu "enquanto cobria uma operação de evacuação ucraniana perto de Severodonetsk, é muito chocante", reagiu a ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, em comunicado.
A nova ministra exigiu uma "investigação transparente o mais rápido possível para esclarecer as circunstâncias desse drama" e expressou seu apego à "liberdade de imprensa" no mundo.
Pouco depois, Colonna disse que o jornalista foi "morto por um bombardeio russo".
"Estou profundamente entristecida e chocada com a morte de nosso compatriota Frédéric Leclerc Imhoff, morto por um bombardeio russo em uma operação humanitária no exercício de seu dever de informar", publicou Colonna no Twitter, condenando um "duplo crime visando um comboio humanitário e um jornalista".
O jornalista Maxime Bradstaetter, que estava com o cinegrafista, ficou "levemente ferido", informou a BFMTV.
As forças russas, que lançaram uma ofensiva na Ucrânia em 24 de fevereiro, avançaram nos últimos dias na região do Donbass, onde aumentaram a pressão sobre as cidades de Severodonetsk e Lisichansk.
Pelo menos oito jornalistas morreram na Ucrânia desde o início da invasão, segundo uma contagem da Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
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