Publicado 07/06/2022 15:20
Publicações compartilhadas nas redes sociais desde maio sugerem que a varíola do macaco estaria relacionada à vacina anticovid produzida pela Oxford/AstraZeneca, já que entre seus componentes há um adenovírus de chimpanzé. A afirmação é uma falácia, segundo especialistas.
Esse adenovírus foi modificado geneticamente para que não possa se reproduzir no corpo humano e, além disso, pertence a uma família diferente da do vírus causador da varíola dos macacos.
Especialistas entrevistados pela AFP insistem que não há relação entre os dois patógenos.
A doença recebeu este nome ("monkeypox") porque foi detectada pela primeira vez em macacos, em 1958.
"No entanto, os macacos não são os hospedeiros. O mais provável é que na África, continente de origem do vírus, suas fontes sejam os roedores", disse à AFP o professor Flávio Guimarães Da Fonseca, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia.
O adenovírus é utilizado na vacina como vetor para transportar instruções genéticas até as células do vacinado, que passa a produzir sua própria resposta imunitária contra a covid.
Como as demais vacinas de "vetor viral", o adenovírus é incapaz de contaminar o organismo do vacinado.
Esse adenovírus foi modificado geneticamente para que não possa se reproduzir no corpo humano e, além disso, pertence a uma família diferente da do vírus causador da varíola dos macacos.
Especialistas entrevistados pela AFP insistem que não há relação entre os dois patógenos.
A doença recebeu este nome ("monkeypox") porque foi detectada pela primeira vez em macacos, em 1958.
"No entanto, os macacos não são os hospedeiros. O mais provável é que na África, continente de origem do vírus, suas fontes sejam os roedores", disse à AFP o professor Flávio Guimarães Da Fonseca, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia.
O adenovírus é utilizado na vacina como vetor para transportar instruções genéticas até as células do vacinado, que passa a produzir sua própria resposta imunitária contra a covid.
Como as demais vacinas de "vetor viral", o adenovírus é incapaz de contaminar o organismo do vacinado.
A varíola na Espanha
Um mensagem no Telegram questionava por que o governo espanhol “comprou” dois milhões de doses da vacina contra a varíola em 2019. Segundo a publicação, essas vacinas comprovam que as autoridades sabiam que os casos viriam a aparecer.
Os especialistas explicam que a doença foi erradicada mas seu vírus não e que é normal que um país como a Espanha tenha reservas estratégicas do imunizante.
O médico Jaime Jesús Pérez, porta-voz da Associação Espanhola de Vacinologia (AEV), afirmou à AFP: "A varíola é uma doença erradicada, mas seu vírus ainda existe, tanto nos Estados Unidos como na Rússia, em laboratórios de segurança máxima".
A doença é considerada erradicada desde 1979 graças à vacinação. Desde 1984 não se imuniza a população geral.
O diagnóstico
Os especialistas explicam que a doença foi erradicada mas seu vírus não e que é normal que um país como a Espanha tenha reservas estratégicas do imunizante.
O médico Jaime Jesús Pérez, porta-voz da Associação Espanhola de Vacinologia (AEV), afirmou à AFP: "A varíola é uma doença erradicada, mas seu vírus ainda existe, tanto nos Estados Unidos como na Rússia, em laboratórios de segurança máxima".
A doença é considerada erradicada desde 1979 graças à vacinação. Desde 1984 não se imuniza a população geral.
O diagnóstico
Outras publicações em redes sociais ironizaram o supostamente "rápido" desenvolvimento de testes PCR para detectar o vírus da varíola do macaco e advertiram para resultados "falsos positivos, como ocorreu com a covid".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que a forma mais adequada para diagnosticar a doença, além da clínica, é um teste PCR. Este é o protocolo há anos, muito antes da pandemia de covid-19.
O teste PCR "é baseado no desenvolvimento de moléculas que apenas reconhecem o sequenciamento genético desse micro-organismo", disse à AFP Factual Álvaro Fajardo, doutor em Ciências Biológicas e pesquisador do Laboratório de Virologia Molecular (LVM) do centro de pesquisas nucleares do Uruguai
A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que a forma mais adequada para diagnosticar a doença, além da clínica, é um teste PCR. Este é o protocolo há anos, muito antes da pandemia de covid-19.
O teste PCR "é baseado no desenvolvimento de moléculas que apenas reconhecem o sequenciamento genético desse micro-organismo", disse à AFP Factual Álvaro Fajardo, doutor em Ciências Biológicas e pesquisador do Laboratório de Virologia Molecular (LVM) do centro de pesquisas nucleares do Uruguai
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