Publicado 10/06/2022 19:53
As tropas ucranianas tentaram nesta sexta-feira (10) fazer as forças russas recuarem no leste e no sul do país, regiões que são palco de duros combates há semanas, em uma guerra que afeta gravemente o abastecimento mundial de grãos.
A França, por sua vez, ofereceu ajuda para garantir o acesso ao porto ucraniano de Odessa, no Mar Negro, para aliviar a pressão que faz a inflação disparar e ameaça provocar escassez de alimentos em todos os continentes.
O Estado-Maior do exército ucraniano indicou no Facebook que atingiu "posições russas" em cinco localidades de Kherson (sul), uma das primeiras regiões a cair sob controle de Moscou após o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
A ofensiva da Rússia, que foi repelida em outras partes da ucrânia, se concentra atualmente no sul e no leste do país, especificamente no Donbass, formado pelas províncias de Luhansk e Donetsk e parcialmente controlado por rebeldes pró-Rússia desde 2014.
Os combates são intensos, sobretudo em Severodonetsk e na vizinha Lysychansk, pontos cruciais para a conquista do território.
As tropas russas já controlam parte da antiga zona industrial. O governador de Luhansk, Serhiy Haiday, anunciou que os russos destruíram o Palácio de Gelo de Severodonetsk, um dos símbolos da localidade.
Na quinta-feira à noite, no entanto, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou que "Severodonetsk, Lysychansk e outras cidades do Donbass, que os ocupantes tomam como objetivos, resistem".
Nesta sexta-feira, Zelensky acrescentou: "Há 107 dias a Ucrânia e nosso povo resistem heroicamente contra a agressão russa. Nossa resiliência é um mistério e quase um milagre. Estamos passando por uma prova de sobrevivência".
Vitória da Ucrânia
A França, por sua vez, ofereceu ajuda para garantir o acesso ao porto ucraniano de Odessa, no Mar Negro, para aliviar a pressão que faz a inflação disparar e ameaça provocar escassez de alimentos em todos os continentes.
O Estado-Maior do exército ucraniano indicou no Facebook que atingiu "posições russas" em cinco localidades de Kherson (sul), uma das primeiras regiões a cair sob controle de Moscou após o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
A ofensiva da Rússia, que foi repelida em outras partes da ucrânia, se concentra atualmente no sul e no leste do país, especificamente no Donbass, formado pelas províncias de Luhansk e Donetsk e parcialmente controlado por rebeldes pró-Rússia desde 2014.
Os combates são intensos, sobretudo em Severodonetsk e na vizinha Lysychansk, pontos cruciais para a conquista do território.
As tropas russas já controlam parte da antiga zona industrial. O governador de Luhansk, Serhiy Haiday, anunciou que os russos destruíram o Palácio de Gelo de Severodonetsk, um dos símbolos da localidade.
Na quinta-feira à noite, no entanto, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou que "Severodonetsk, Lysychansk e outras cidades do Donbass, que os ocupantes tomam como objetivos, resistem".
Nesta sexta-feira, Zelensky acrescentou: "Há 107 dias a Ucrânia e nosso povo resistem heroicamente contra a agressão russa. Nossa resiliência é um mistério e quase um milagre. Estamos passando por uma prova de sobrevivência".
Vitória da Ucrânia
A Rússia e a Ucrânia são responsáveis por 30% das exportações mundiais de trigo e se acusam mutuamente de destruir reservas de grãos. Além disso, a Ucrânia tem milhões de toneladas de grãos bloqueadas, pois não pode exportá-las devido ao cerco sobre seus portos.
Por outro lado, as sanções ocidentais impedem que a Rússia exporte grande parte de sua produção agrícola e de fertilizantes.
Um assessor do presidente francês Emmanuel Macron disse que a França estava disposta a ajudar a garantir o acesso ao porto ucraniano de Odessa.
Kiev se nega a retirar as minas do porto, por temer que Moscou se aproveite disso para atacar a cidade.
"Estamos à disposição das partes para que se implemente uma operação que permita o acesso seguro ao porto de Odessa, ou seja, que permita a passagem dos barcos apesar de o mar estar minado", disse o assessor francês.
O líder francês viajará na próxima semana à Romênia e Moldávia, que compartilham fronteiras com a Ucrânia. Contudo, ainda não foi marcada uma data para que Macron visite Kiev, segundo o Palácio do Eliseu.
O presidente francês ainda não esteve na capital ucraniana, ao contrário de muitos de seus pares europeus.
Zelensky elogiou nesta sexta a liderança britânica e seu apoio contra a Rússia, durante uma visita não anunciada do ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace.
"As palavras se transformam em fatos. Essa é a diferencia entre a relação da Ucrânia com a Grã-Bretanha e outros países", disse Zelensky em um vídeo.
A presidência francesa afirmou que deseja a "vitória da Ucrânia", depois que Macron foi alvo de críticas de Kiev quando pediu que se evitasse "humilhar a Rússia".
A invasão russa colocou em xeque os países europeus, e nove deles instaram a Otan nesta sexta a reforçar seu flanco oriental.
Os líderes de Bulgária, República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia e Eslováquia se reuniram em Bucareste, a capital romena, faltando menos de três semanas para a cúpula da aliança transatlântica em Madri.
"Em vista do aumento dos riscos para a segurança na Romênia e no Mar Negro, a consolidação da Otan em seu flanco oriental [...] é ainda mais urgente e crucial", opinou o presidente romeno Klaus Iohannis.
Crime de guerra
Por outro lado, as sanções ocidentais impedem que a Rússia exporte grande parte de sua produção agrícola e de fertilizantes.
Um assessor do presidente francês Emmanuel Macron disse que a França estava disposta a ajudar a garantir o acesso ao porto ucraniano de Odessa.
Kiev se nega a retirar as minas do porto, por temer que Moscou se aproveite disso para atacar a cidade.
"Estamos à disposição das partes para que se implemente uma operação que permita o acesso seguro ao porto de Odessa, ou seja, que permita a passagem dos barcos apesar de o mar estar minado", disse o assessor francês.
O líder francês viajará na próxima semana à Romênia e Moldávia, que compartilham fronteiras com a Ucrânia. Contudo, ainda não foi marcada uma data para que Macron visite Kiev, segundo o Palácio do Eliseu.
O presidente francês ainda não esteve na capital ucraniana, ao contrário de muitos de seus pares europeus.
Zelensky elogiou nesta sexta a liderança britânica e seu apoio contra a Rússia, durante uma visita não anunciada do ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace.
"As palavras se transformam em fatos. Essa é a diferencia entre a relação da Ucrânia com a Grã-Bretanha e outros países", disse Zelensky em um vídeo.
A presidência francesa afirmou que deseja a "vitória da Ucrânia", depois que Macron foi alvo de críticas de Kiev quando pediu que se evitasse "humilhar a Rússia".
A invasão russa colocou em xeque os países europeus, e nove deles instaram a Otan nesta sexta a reforçar seu flanco oriental.
Os líderes de Bulgária, República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia e Eslováquia se reuniram em Bucareste, a capital romena, faltando menos de três semanas para a cúpula da aliança transatlântica em Madri.
"Em vista do aumento dos riscos para a segurança na Romênia e no Mar Negro, a consolidação da Otan em seu flanco oriental [...] é ainda mais urgente e crucial", opinou o presidente romeno Klaus Iohannis.
Crime de guerra
Além do armamento, as tropas ucranianas receberam reforços de milhares de voluntários estrangeiros que se alistaram para combater a invasão da Rússia. Um deles era o brasileiro André Hack, um enfermeiro de 44 anos, que teve sua morte confirmada nesta quinta-feira pelo Itamaraty, aparentemente durante os combates na região de Severodonetsk.
Outros três voluntários, dois britânicos e um marroquino, foram condenados à morte na quinta-feira pelas autoridades separatistas da região de Donetsk, acusados de atuar como "mercenários" da Ucrânia, informou a imprensa russa.
Os condenados são os britânicos Aiden Aislan e Shaun Pinner, que se renderam em abril na cidade portuária de Mariupol (sudeste), e o marroquino Saadun Brahim, capturado em março na cidade de Volnovakha.
O Ministério de Relações Exteriores da Alemanha classificou as sentenças de "chocantes" e lamentou "o total desprezo da Rússia pelo direito internacional humanitário".
Por sua vez, a titular da diplomacia britânica, Liz Truss, assinalou que o julgamento foi uma "farsa", "sem absolutamente nenhuma legitimidade". Um porta-voz do governo britânico exigiu que os combatentes detidos sejam tratados como "prisioneiros de guerra".
A ONU também expressou preocupação. "Desde 2015, observamos que o chamado sistema judicial das autoproclamadas repúblicas [de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia] não cumpre as garantias essenciais de um processo justo [...] Estes julgamentos contra prisioneiros de guerra constituem um crime de guerra", disse a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Acnudh), Ravina Shamdasani.
Outros três voluntários, dois britânicos e um marroquino, foram condenados à morte na quinta-feira pelas autoridades separatistas da região de Donetsk, acusados de atuar como "mercenários" da Ucrânia, informou a imprensa russa.
Os condenados são os britânicos Aiden Aislan e Shaun Pinner, que se renderam em abril na cidade portuária de Mariupol (sudeste), e o marroquino Saadun Brahim, capturado em março na cidade de Volnovakha.
O Ministério de Relações Exteriores da Alemanha classificou as sentenças de "chocantes" e lamentou "o total desprezo da Rússia pelo direito internacional humanitário".
Por sua vez, a titular da diplomacia britânica, Liz Truss, assinalou que o julgamento foi uma "farsa", "sem absolutamente nenhuma legitimidade". Um porta-voz do governo britânico exigiu que os combatentes detidos sejam tratados como "prisioneiros de guerra".
A ONU também expressou preocupação. "Desde 2015, observamos que o chamado sistema judicial das autoproclamadas repúblicas [de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia] não cumpre as garantias essenciais de um processo justo [...] Estes julgamentos contra prisioneiros de guerra constituem um crime de guerra", disse a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Acnudh), Ravina Shamdasani.
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