Publicado 18/06/2022 12:30 | Atualizado 18/06/2022 13:27
O presidente Volodymyr Zelensky elogiou o apoio de Bruxelas à candidatura da Ucrânia à União Europeia (UE), uma "boa notícia" para o país, cuja região leste do Donbass se encontra sob "ferozes combates" contra as tropas russas.
Ontem, sexta-feira (17), a Comissão Europeia liderou uma poderosa demonstração de apoio à Ucrânia em sua tentativa de receber o "status" de candidata à UE, um impulso que pode colocar o país na lista de aspirantes ao bloco já na próxima semana.
Os 27 países-membros do bloco devem apoiar a candidatura na cúpula de Bruxelas na semana que vem. De pronto, Kiev já conta com o apoio de potências como França, Alemanha e Itália. Embora este seja o início de um processo que pode durar anos, Zelensky disse esperar "um resultado positivo" na cúpula. A Ucrânia "merece uma boa notícia", comentou.
Sobre a inclusão da adesão da Ucrânia à UE, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou não ter "nada contra". "Ao contrário da Otan, a UE não é uma aliança militar" e "aderir a uniões econômicas é uma decisão soberana (...) do povo ucraniano", disse Putin na sessão plenária do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. Acrescentou, porém, que se a Ucrânia for admitida na UE, "vai-se tornar uma semicolônia" dos países ocidentais.
Ontem, sexta-feira (17), a Comissão Europeia liderou uma poderosa demonstração de apoio à Ucrânia em sua tentativa de receber o "status" de candidata à UE, um impulso que pode colocar o país na lista de aspirantes ao bloco já na próxima semana.
Os 27 países-membros do bloco devem apoiar a candidatura na cúpula de Bruxelas na semana que vem. De pronto, Kiev já conta com o apoio de potências como França, Alemanha e Itália. Embora este seja o início de um processo que pode durar anos, Zelensky disse esperar "um resultado positivo" na cúpula. A Ucrânia "merece uma boa notícia", comentou.
Sobre a inclusão da adesão da Ucrânia à UE, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou não ter "nada contra". "Ao contrário da Otan, a UE não é uma aliança militar" e "aderir a uniões econômicas é uma decisão soberana (...) do povo ucraniano", disse Putin na sessão plenária do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. Acrescentou, porém, que se a Ucrânia for admitida na UE, "vai-se tornar uma semicolônia" dos países ocidentais.
Visita
Neste sábado (18), o presidente Zelensky, que não costuma deixar a capital nacional desde o início da guerra, visitou a cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, onde visitou um prédio residencial gravemente danificado por um bombardeio.
Um vídeo divulgado pela Presidência ucraniana mostra Zelenky inspecionando um edifício residencial bastante danificado. No prédio, há um grande buraco, através do qual é possível ver o interior dos apartamentos.
O presidente também participou de uma reunião com autoridades locais, no que parece ser um porão, onde entregou-lhes prêmios por sua bravura. Segundo o gabinete presidencial, "falaram sobre o estado da economia, a retoma do abastecimento de água e a situação da agricultura".
Esse deslocamento acontece um dia depois de um ataque russo que deixou dois mortos e 20 feridos nesta cidade portuária e industrial, onde viviam cerca de mil habitantes antes da guerra. A localidade é alvo de ataques russos, por estar na rota para Odessa, principal porto da Ucrânia, 130 quilômetros a sudoeste.
Mais "destruição"
Um vídeo divulgado pela Presidência ucraniana mostra Zelenky inspecionando um edifício residencial bastante danificado. No prédio, há um grande buraco, através do qual é possível ver o interior dos apartamentos.
O presidente também participou de uma reunião com autoridades locais, no que parece ser um porão, onde entregou-lhes prêmios por sua bravura. Segundo o gabinete presidencial, "falaram sobre o estado da economia, a retoma do abastecimento de água e a situação da agricultura".
Esse deslocamento acontece um dia depois de um ataque russo que deixou dois mortos e 20 feridos nesta cidade portuária e industrial, onde viviam cerca de mil habitantes antes da guerra. A localidade é alvo de ataques russos, por estar na rota para Odessa, principal porto da Ucrânia, 130 quilômetros a sudoeste.
Mais "destruição"
No terreno, intensos combates devastam as cidades da região do Donbass, onde enormes áreas foram ocupadas por tropas russas. "Agora, a batalha mais feroz está perto de Severodonetsk", afirmou o governador da região de Lugansk, Sergei Gaidai, acrescentando que as forças russas não controlam toda a cidade.
Gaidai também relatou combates "difíceis" em Toshkivska e em Zolote. Ele disse ainda que a cidade de Lysychansk, vizinha de Severodonetsk, separada por um rio, está sendo "duramente bombardeada".
Gaidai também descreveu mais "destruição" na fábrica de produtos químicos Azot em Severodonetsk, onde há 568 pessoas refugiadas, incluindo 38 crianças. E, em Lysychansk, os moradores se preparam para fugir. "Estamos abandonando tudo e indo embora. Ninguém pode sobreviver a um ataque desses", desabafou a professora Alla Bor, que aguarda o momento com seu genro Volodymyr e seu neto de 14 anos. "Saímos de casa. Deixamos comida para nosso cachorro. É desumano, mas o que mais a gente pode fazer?", questiona.
Gaidai também relatou combates "difíceis" em Toshkivska e em Zolote. Ele disse ainda que a cidade de Lysychansk, vizinha de Severodonetsk, separada por um rio, está sendo "duramente bombardeada".
Gaidai também descreveu mais "destruição" na fábrica de produtos químicos Azot em Severodonetsk, onde há 568 pessoas refugiadas, incluindo 38 crianças. E, em Lysychansk, os moradores se preparam para fugir. "Estamos abandonando tudo e indo embora. Ninguém pode sobreviver a um ataque desses", desabafou a professora Alla Bor, que aguarda o momento com seu genro Volodymyr e seu neto de 14 anos. "Saímos de casa. Deixamos comida para nosso cachorro. É desumano, mas o que mais a gente pode fazer?", questiona.
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