Publicado 04/07/2022 08:38
A investigação sobre o tiroteio em um shopping na capital da Dinamarca que deixou três mortos se concentra nos antecedentes psiquiátricos do suspeito, um dinamarquês de 22 anos que publicou vídeos antes do ataque nos quais simulava cometer suicídio com armas.
O suposto autor do tiroteio de domingo "tem antecedentes psiquiátricos", afirmou o inspetor-chefe da polícia de Copenhague, Søren Thomassen. O ataque cometido com um fuzil deixou três mortos e quatro pessoas gravemente feridas no shopping center Fields, que fica entre o centro de Copenhague e o aeroporto.
As identidades das vítimas fatais e dos feridos, e o fato de que têm idades heterogêneas e são de sexos diferentes, levaram os investigadores a afirmar que o agressor atirou de maneira aleatória. "Nossa conclusão é que ele escolheu as vítimas de modo aleatório", afirmou o inspetor. "Não há indícios de que tenha sido um ato terrorista".
Os três mortos são um adolescente e uma adolescente dinamarqueses, ambos de 17 anos, e um russo de 47 que morava no país, segundo a polícia. As autoridades confirmaram que são autênticos os vídeos do suspeito que circulam desde domingo nas redes sociais.
Nas imagens, o homem aparece com armas, imitando gestos de suicídio ou citando um tratamento com um medicamento prescrito por um psiquiatra "que não funciona". As contas do suspeito no YouTube e no Instagram foram fechadas durante a noite, segundo a AFP.
A identidade do suspeito é conhecida, mas não foi divulgada pela imprensa dinamarquesa e polícia considera prematuro fazer um pronunciamento sobre a motivação do ataque, que parece ter sido preparado com antecedência.
Os quatro feridos em estado grave são dois dinamarqueses, de 19 e 40 anos, e dois suecos, um homem de 50 anos e uma adolescente de 16 anos. Outras pessoas sofreram ferimentos leves no tumulto após o tiroteio.
Durante o ataque, o atirador usou um fuzil, uma pistola e uma faca, segundo a polícia. Ele não tinha permissão para porte de armas. O suspeito foi detido sem dificuldades às 17H50 locais (12H50 de Brasília) nas proximidades do centro comercial, 15 minutos depois que os primeiros tiros foram ouvidos.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederik, classificou o ataque como "cruel". "Nossa bela capital, que habitualmente é um local tão seguro, mundo no intervalo de um segundo", afirmou a chefe de Governo em um comunicado.
A família real também divulgou uma mensagem de pêsames às vítimas e suas famílias. A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, e o chefe de Governo da Noruega, Jonas Gahr Store, também enviaram condolências.
Uma área anexa ao shopping estava lotada porque muitas pessoas haviam comparecido a um show do cantor britânico Harry Styles. O show foi cancelado e o cantor afirmou no Twitter que estava "com o coração partido pelas pessoas de Copenhague".
"Me sinto devastado pelas vítimas, suas famílias e por todos que estão sofrendo", acrescentou.
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