Publicado 11/07/2022 15:19 | Atualizado 11/07/2022 15:25
Lisboa - Temperaturas superiores a 40 ºC voltaram a sufocar a Península Ibérica nesta segunda-feira (11), onde o termômetro vai subir ainda mais nos próximos dias, quando não passou nem um mês desde a última onda de calor.
Os bombeiros conseguiram, nesta segunda, controlar dois incêndios florestais que arrasaram o centro de Portugal nos últimos dias, mas o país continua em alerta diante da onda de calor prevista para esta semana.
"Nesse momento não há nenhum incêndio importante ativo", mas "a situação é grave e excepcional", declarou o comandante nacional da Proteção Civil, André Fernandes, em coletiva de imprensa ao meio-dia.
Os incêndios dos últimos dias deixaram 27 pessoas levemente feridas entre os bombeiros, a polícia e a população. Os serviços de resgate socorreram 41 pessoas, a maioria moradores afetados pela fumaça.
Sete casas e duas estruturas agrícolas foram destruídas ou danificadas pelas chamas, segundo a mesma fonte.
O maior foco foi declarado na quinta-feira na comuna de Ourem, 130 quilômetros ao norte de Lisboa, onde destruiu quase 2.000 hectares de vegetação. Cerca de 600 bombeiros continuam mobilizados na região.
O incêndio que começou na sexta-feira na cidade vizinha de Pombal, devorando uma superfície de 560 hectares, também estava controlado nesta segunda pela manhã. Cerca de 300 bombeiros continuam no setor para evitar um ressurgimento.
Esses momentos de trégua para os bombeiros podem ser curtos, considerando as altas temperaturas que afetam o país desde quinta-feira e que subirão ainda mais nos próximos dias.
O instituto meteorológico português emitiu um alerta amarelo nesta segunda-feira, que na terça passará para o laranja, com temperaturas que serão superiores a 40 ºC e inclusive 45 ºC em algumas regiões.
A maior parte do país terá "noites tropicais" e o termômetro não descerá abaixo dos 20 ºC.
"Nos próximos dias teremos condições de risco máximo. O menor descuido pode causar um incêndio de grandes proporções", alertou o primeiro-ministro, Antonio Costa.
Calor extremo na Espanha
O aumento das ondas de calor é uma consequência direta do aquecimento global, segundo os cientistas, já que as emissões de gases de efeito estufa aumentam a intensidade, duração e frequência desses fenômenos.
Na vizinha Espanha, segundo a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet), espera-se que o mercúrio suba na segunda-feira até os 42ºC em Extremadura (sudoeste) e até os 41ºC em Andaluzia (sul).
As temperaturas devem superar os 35 ºC no noroeste do país, onde costuma ser muito mais fresco.
Esta nova onda de calor, a segunda em um mês, "provavelmente será excepcional", disse nesta segunda-feira o porta-voz da Aemet, Rubén del Campo.
"A mudança climática faz com que as ondas de calor sejam mais frequentes e cada vez mais intensas", disse Del Campo, afirmando que o número desses episódios no país dobrou nos últimos 12 anos.
Na vizinha Espanha, segundo a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet), espera-se que o mercúrio suba na segunda-feira até os 42ºC em Extremadura (sudoeste) e até os 41ºC em Andaluzia (sul).
As temperaturas devem superar os 35 ºC no noroeste do país, onde costuma ser muito mais fresco.
Esta nova onda de calor, a segunda em um mês, "provavelmente será excepcional", disse nesta segunda-feira o porta-voz da Aemet, Rubén del Campo.
"A mudança climática faz com que as ondas de calor sejam mais frequentes e cada vez mais intensas", disse Del Campo, afirmando que o número desses episódios no país dobrou nos últimos 12 anos.
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