Publicado 11/07/2022 19:27
A Ucrânia afirmou, nesta segunda-feira (11), que as forças russas preparam uma ofensiva em grande escala na região leste do país, onde novos bombardeios deixaram seis mortos em Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana.
"Há indícios de que as unidades inimigas planejam intensificar as operações de combate em direção a Kramatorsk e Bakhmut", indicou o Estado-Maior, referindo-se às duas cidades ainda sob controle ucraniano.
O exército russo, que no início do mês anunciou a tomada da região de Lugansk, agora busca conquistar Donetsk, o que lhe permitiria controlar toda a bacia de mineração do Donbass após mais de quatro meses de guerra.
Ao mesmo tempo, Moscou continua bombardeando Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana e localizada no nordeste do país.
O governador regional da cidade, Oleg Synyegubov, disse que os ataques russos tiveram como alvos "edifícios civis - um centro comercial e condomínios residenciais".
De acordo com a promotoria regional, "31 pessoas ficaram feridas, incluindo duas crianças de quatro e 16 anos. Seis civis, incluindo um jovem de 17 anos e seu pai, foram mortos".
Na cidade de Chasiv Yar, na região de Donetsk, o balanço de mortos por um bombardeio no fim de semana contra um complexo residencial subiu para 31, informou o serviço ucraniano de situações de emergência.
O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, afirmou por sua vez que "mais de 300" combatentes ucranianos morreram em um bombardeio perto de Chasiv Yar, sem informar a data em que o ataque teria acontecido.
"Nenhum lugar é seguro"
"Há indícios de que as unidades inimigas planejam intensificar as operações de combate em direção a Kramatorsk e Bakhmut", indicou o Estado-Maior, referindo-se às duas cidades ainda sob controle ucraniano.
O exército russo, que no início do mês anunciou a tomada da região de Lugansk, agora busca conquistar Donetsk, o que lhe permitiria controlar toda a bacia de mineração do Donbass após mais de quatro meses de guerra.
Ao mesmo tempo, Moscou continua bombardeando Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana e localizada no nordeste do país.
O governador regional da cidade, Oleg Synyegubov, disse que os ataques russos tiveram como alvos "edifícios civis - um centro comercial e condomínios residenciais".
De acordo com a promotoria regional, "31 pessoas ficaram feridas, incluindo duas crianças de quatro e 16 anos. Seis civis, incluindo um jovem de 17 anos e seu pai, foram mortos".
Na cidade de Chasiv Yar, na região de Donetsk, o balanço de mortos por um bombardeio no fim de semana contra um complexo residencial subiu para 31, informou o serviço ucraniano de situações de emergência.
O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, afirmou por sua vez que "mais de 300" combatentes ucranianos morreram em um bombardeio perto de Chasiv Yar, sem informar a data em que o ataque teria acontecido.
"Nenhum lugar é seguro"
O exército ucraniano relatou fortes bombardeios no leste do país e uma pausa nos ataques terrestres russos.
"O inimigo permanece atrás das linhas de defesa, não avança por terra, não tem possibilidades ou capacidades para criar novos grupos de ataque", disse o Comando Operacional Sul.
"As vantagens quantitativas do exército russo são compensadas pela precisão dos mísseis e artilharia à disposição da Ucrânia", disse Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia.
Danilov completou que as armas ocidentais entregues ao exército ucraniano já estavam "mudando o rumo da guerra".
Nesse contexto, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, que viajou à Ucrânia, enfatizou a necessidade de seguir apoiando o leste do país numa guerra que pode "durar mais tempo do que previsto".
- Nacionalidade russa -Nesta segunda-feira, a Rússia anunciou que facilitará o acesso à nacionalidade russa a todos os ucranianos, ampliando uma medida que até o momento se aplicava somente aos territórios da Ucrânia ocupados por suas forças, segundo um decreto assinado pelo presidente Vladimir Putin.
"O Ministério das Relações Exteriores condena energicamente o decreto do presidente da Federação da Rússia", reagiu a chancelaria ucraniana em comunicado.
O decreto "é inútil e só mostra o apetite agressivo de Putin", criticou o ministro das Relações Exteriores, Dmitro Kuleba, citado no documento.
Em Kharkiv, um responsável pelas autoridades de ocupação russas morreu em Veliki Burluk vítima de um ataque, informou a agência estatal TASS nesta segunda-feira.
Segundo a mesma fonte, o "ato terrorista" foi cometido por sabotadores ucranianos infiltrados atrás das linhas russas. A data do ataque não foi divulgada.
Esse tipo de ataque está se tornando frequente nas áreas ucranianas controladas por Moscou, como Kherson ou parte de Zaporizhia, no sul da Ucrânia.
- Preocupação com o gás -O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que o envio de turbinas pelo Canadá necessárias para o funcionamento do gasoduto russo Nord Stream 1 à Alemanha era “inaceitável”. Também anunciou a convocação do embaixador canadense em Kiev.
No sábado, o Canadá decidiu, apesar das sanções impostas à Rússia, devolver à Alemanha as turbinas do gasoduto russo Nord Stream que estavam sendo reparadas no país, ignorando os pedidos de Kiev para que não “caísse nas chantagens do Kremlin”.
Zelensky explicou que a Rússia verá este envio como "uma manifestação de fraqueza".
No Europa, no entanto, os temores estão relacionados com o fornecimento de gás.
O grupo russo Gazprom iniciou nesta segunda-feira as obras de manutenção no gasoduto Nord Stream 1, que transporta grande parte do gás que ainda fornece para a Alemanha e outros países do oeste da Europa.
Como forma de advertência, a Gazprom reduziu nesta segunda-feira o fornecimento de gás para Itália e Áustria, sem informar se a decisão está diretamente relacionada às obras no Nord Stream 1.
A Rússia, alegando um problema técnico, reduziu nas últimas semanas 60% do fornecimento de gás através do Nord Stream, uma decisão denunciada como "política" por Berlim.
"O inimigo permanece atrás das linhas de defesa, não avança por terra, não tem possibilidades ou capacidades para criar novos grupos de ataque", disse o Comando Operacional Sul.
"As vantagens quantitativas do exército russo são compensadas pela precisão dos mísseis e artilharia à disposição da Ucrânia", disse Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia.
Danilov completou que as armas ocidentais entregues ao exército ucraniano já estavam "mudando o rumo da guerra".
Nesse contexto, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, que viajou à Ucrânia, enfatizou a necessidade de seguir apoiando o leste do país numa guerra que pode "durar mais tempo do que previsto".
- Nacionalidade russa -Nesta segunda-feira, a Rússia anunciou que facilitará o acesso à nacionalidade russa a todos os ucranianos, ampliando uma medida que até o momento se aplicava somente aos territórios da Ucrânia ocupados por suas forças, segundo um decreto assinado pelo presidente Vladimir Putin.
"O Ministério das Relações Exteriores condena energicamente o decreto do presidente da Federação da Rússia", reagiu a chancelaria ucraniana em comunicado.
O decreto "é inútil e só mostra o apetite agressivo de Putin", criticou o ministro das Relações Exteriores, Dmitro Kuleba, citado no documento.
Em Kharkiv, um responsável pelas autoridades de ocupação russas morreu em Veliki Burluk vítima de um ataque, informou a agência estatal TASS nesta segunda-feira.
Segundo a mesma fonte, o "ato terrorista" foi cometido por sabotadores ucranianos infiltrados atrás das linhas russas. A data do ataque não foi divulgada.
Esse tipo de ataque está se tornando frequente nas áreas ucranianas controladas por Moscou, como Kherson ou parte de Zaporizhia, no sul da Ucrânia.
- Preocupação com o gás -O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que o envio de turbinas pelo Canadá necessárias para o funcionamento do gasoduto russo Nord Stream 1 à Alemanha era “inaceitável”. Também anunciou a convocação do embaixador canadense em Kiev.
No sábado, o Canadá decidiu, apesar das sanções impostas à Rússia, devolver à Alemanha as turbinas do gasoduto russo Nord Stream que estavam sendo reparadas no país, ignorando os pedidos de Kiev para que não “caísse nas chantagens do Kremlin”.
Zelensky explicou que a Rússia verá este envio como "uma manifestação de fraqueza".
No Europa, no entanto, os temores estão relacionados com o fornecimento de gás.
O grupo russo Gazprom iniciou nesta segunda-feira as obras de manutenção no gasoduto Nord Stream 1, que transporta grande parte do gás que ainda fornece para a Alemanha e outros países do oeste da Europa.
Como forma de advertência, a Gazprom reduziu nesta segunda-feira o fornecimento de gás para Itália e Áustria, sem informar se a decisão está diretamente relacionada às obras no Nord Stream 1.
A Rússia, alegando um problema técnico, reduziu nas últimas semanas 60% do fornecimento de gás através do Nord Stream, uma decisão denunciada como "política" por Berlim.
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