Publicado 17/07/2022 13:04
O governo britânico foi acusado, neste domingo (17), de não levar a sério a onda de calor que atingirá o país a partir de segunda-feira (18), apesar dos alertas do setor de saúde e dos meteorologistas. As autoridades britânicas emitiram, pela primeira vez, um alerta nacional de calor extremo.
Este alerta "vermelho" implica um "risco para a vida", advertiu a agência meteorológica. Diante da onda de calor, Dominic Raab, adjunto do primeiro-ministro Boris Johnson, pediu que se respeite alguns "conselhos de senso comum".
"Mantenha-se hidratado, evite sol nas horas mais quentes e passe protetor solar, esse tipo de coisa”, disse ele à Sky News. Ao mesmo tempo, afirmou que é preciso "aproveitar o sol", que o país é resistente o suficiente para aguentar o calor e que não há razão para fechar as escolas.
Suas declarações foram criticadas por profissionais de saúde e meteorologistas. "Não é um dia bonito de sol, em que você pode passar protetor solar, ir nadar, ou comer fora", frisou o diretor-executivo do College of Paramedics, Tracy Nicholls, reconhecido corpo profissional para paramédicos no país.
"Trata-se de um calor severo que pode, de fato, provocar mortes, porque é forte demais", acrescentou. "Não estamos preparados para esse tipo de calor neste país", insistiu.
O ministro dos Transportes, Kit Malthouse, alertou que haverá "grandes interrupções" no setor, enquanto o prefeito de Londres, Sadiq Khan, aconselhou a população a usar o transporte público apenas se for "absolutamente necessário".
As temperaturas podem passar dos 40°C em Londres, pela primeira vez. O recorde de temperatura no Reino Unido foi alcançado em 25 de julho de 2019, quando bateu 38,7 ºC em Cambridge, no leste da Inglaterra.
Responsabilidade climática
Este alerta "vermelho" implica um "risco para a vida", advertiu a agência meteorológica. Diante da onda de calor, Dominic Raab, adjunto do primeiro-ministro Boris Johnson, pediu que se respeite alguns "conselhos de senso comum".
"Mantenha-se hidratado, evite sol nas horas mais quentes e passe protetor solar, esse tipo de coisa”, disse ele à Sky News. Ao mesmo tempo, afirmou que é preciso "aproveitar o sol", que o país é resistente o suficiente para aguentar o calor e que não há razão para fechar as escolas.
Suas declarações foram criticadas por profissionais de saúde e meteorologistas. "Não é um dia bonito de sol, em que você pode passar protetor solar, ir nadar, ou comer fora", frisou o diretor-executivo do College of Paramedics, Tracy Nicholls, reconhecido corpo profissional para paramédicos no país.
"Trata-se de um calor severo que pode, de fato, provocar mortes, porque é forte demais", acrescentou. "Não estamos preparados para esse tipo de calor neste país", insistiu.
O ministro dos Transportes, Kit Malthouse, alertou que haverá "grandes interrupções" no setor, enquanto o prefeito de Londres, Sadiq Khan, aconselhou a população a usar o transporte público apenas se for "absolutamente necessário".
As temperaturas podem passar dos 40°C em Londres, pela primeira vez. O recorde de temperatura no Reino Unido foi alcançado em 25 de julho de 2019, quando bateu 38,7 ºC em Cambridge, no leste da Inglaterra.
Responsabilidade climática
Vários países da Europa Ocidental continuavam lutando, neste domingo (17), contra devastadores incêndios florestais, deflagrados por essa onda de calor.
Segundo os cientistas, existe uma relação direta entre as ondas de calor e a mudança climática, já que as emissões de gases de efeito estufa aumentam sua intensidade, duração e frequência.
Nesse sentido, o presidente da COP26, Alok Sharma, pediu hoje aos candidatos ao cargo de primeiro-ministro britânico que não abandonem o objetivo de neutralidade de carbono do Reino Unido.
A cúpula internacional do clima (COP26) foi sediada pelo Reino Unido em Glasgow, em novembro passado, em busca da adoção de medidas para a redução do aquecimento global.
"Qualquer um que aspira a dirigir nosso país deve mostrar que levará o assunto muito a sério", disse o britânico ao jornal "The Observer".
"Espero que todos os candidatos se deem conta de por que isso é tão importante para os eleitores (...) E espero que vejamos, sobretudo, nos dois últimos candidatos, compromissos muito claros" sobre a questão, acrescentou.
Dos cinco candidatos ainda na disputa para suceder a Boris Johnson em Downing Street, apenas o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak não questionou a meta do país de neutralidade de carbono até 2050.
Dos nomes ainda na corrida para Downing Street, a ex-ministra britânica da Igualdade Kemi Badenoch manifesta reservas a manter as metas, enquanto a chanceler Liz Truss e outros pediram um "replanejamento" em relação à forma de alcançá-las.
O novo primeiro-ministro britânico será anunciado em 5 de setembro, em meio a uma tentativa do Partido Conservador de reconstruir seu apoio popular, abalado por uma série de escândalos que levaram à renúncia de Johnson em 7 de julho como líder da sigla.
Segundo os cientistas, existe uma relação direta entre as ondas de calor e a mudança climática, já que as emissões de gases de efeito estufa aumentam sua intensidade, duração e frequência.
Nesse sentido, o presidente da COP26, Alok Sharma, pediu hoje aos candidatos ao cargo de primeiro-ministro britânico que não abandonem o objetivo de neutralidade de carbono do Reino Unido.
A cúpula internacional do clima (COP26) foi sediada pelo Reino Unido em Glasgow, em novembro passado, em busca da adoção de medidas para a redução do aquecimento global.
"Qualquer um que aspira a dirigir nosso país deve mostrar que levará o assunto muito a sério", disse o britânico ao jornal "The Observer".
"Espero que todos os candidatos se deem conta de por que isso é tão importante para os eleitores (...) E espero que vejamos, sobretudo, nos dois últimos candidatos, compromissos muito claros" sobre a questão, acrescentou.
Dos cinco candidatos ainda na disputa para suceder a Boris Johnson em Downing Street, apenas o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak não questionou a meta do país de neutralidade de carbono até 2050.
Dos nomes ainda na corrida para Downing Street, a ex-ministra britânica da Igualdade Kemi Badenoch manifesta reservas a manter as metas, enquanto a chanceler Liz Truss e outros pediram um "replanejamento" em relação à forma de alcançá-las.
O novo primeiro-ministro britânico será anunciado em 5 de setembro, em meio a uma tentativa do Partido Conservador de reconstruir seu apoio popular, abalado por uma série de escândalos que levaram à renúncia de Johnson em 7 de julho como líder da sigla.
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