Publicado 29/07/2022 12:38 | Atualizado 29/07/2022 12:51
Ucrânia e Rússia se acusaram mutuamente nesta sexta-feira, 29, de bombardear uma prisão onde prisioneiros de guerra ucranianos eram mantidos na região do Donbass, controlada por separatistas russos.
"A Rússia cometeu outro crime de guerra horrendo ao bombardear uma prisão na região ocupada de Olenivka, onde mantinha prisioneiros de guerra ucranianos", denunciou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, no Twitter.
"As Forças Armadas ucranianas, aderindo plenamente aos princípios e normas do direito internacional humanitário, nunca realizaram e não realizam bombardeios contra infraestruturas civis, especialmente em locais onde é provável que se encontrem prisioneiros de guerra", assegurou o Estado-Maior ucraniano em um comunicado.
Ainda de acordo com o comunicado, "as Forças Armadas ucranianas não realizaram nenhum ataque com mísseis, ou artilharia, na área da prisão de Olenivka".
O Estado-Maior ucraniano também acusou o Exército russo de estar por trás do bombardeio da prisão de Olenivka, onde eram mantidos prisioneiros de guerra.
"Desta forma, os ocupantes russos perseguem seus objetivos criminosos: acusar a Ucrânia de ter cometido crimes de guerra e encobrir a tortura de prisioneiros e as execuções que realizaram lá", denunciou o Estado-Maior ucraniano.
Em nota, o Ministério russo da Defesa declarou, por sua vez, que tiros de um sistema de artilharia Himars, entregue à Ucrânia pelos Estados Unidos, atingiram a prisão durante a noite, matando pelo menos 40 pessoas.
O ministério disse que a prisão abrigava, entre outros, membros do batalhão Azov. Esta divisão ganhou notoriedade por defender a cidade de Mariupol contra o avanço das tropas russas e que Moscou diz ser uma formação neonazista.
A Rússia alegou que a "provocação sangrenta do regime de Kiev" tinha como objetivo impedir as tropas ucranianas de deporem as armas e se renderem.
"Esta provocação hedionda foi realizada para intimidar os militares ucranianos", disse o Ministério russo da Defesa.
Após o ataque contra a prisão, a televisão estatal russa exibiu imagens do que pareciam ser celas destruídas.
Carregamento de grãos
"A Rússia cometeu outro crime de guerra horrendo ao bombardear uma prisão na região ocupada de Olenivka, onde mantinha prisioneiros de guerra ucranianos", denunciou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, no Twitter.
"As Forças Armadas ucranianas, aderindo plenamente aos princípios e normas do direito internacional humanitário, nunca realizaram e não realizam bombardeios contra infraestruturas civis, especialmente em locais onde é provável que se encontrem prisioneiros de guerra", assegurou o Estado-Maior ucraniano em um comunicado.
Ainda de acordo com o comunicado, "as Forças Armadas ucranianas não realizaram nenhum ataque com mísseis, ou artilharia, na área da prisão de Olenivka".
O Estado-Maior ucraniano também acusou o Exército russo de estar por trás do bombardeio da prisão de Olenivka, onde eram mantidos prisioneiros de guerra.
"Desta forma, os ocupantes russos perseguem seus objetivos criminosos: acusar a Ucrânia de ter cometido crimes de guerra e encobrir a tortura de prisioneiros e as execuções que realizaram lá", denunciou o Estado-Maior ucraniano.
Em nota, o Ministério russo da Defesa declarou, por sua vez, que tiros de um sistema de artilharia Himars, entregue à Ucrânia pelos Estados Unidos, atingiram a prisão durante a noite, matando pelo menos 40 pessoas.
O ministério disse que a prisão abrigava, entre outros, membros do batalhão Azov. Esta divisão ganhou notoriedade por defender a cidade de Mariupol contra o avanço das tropas russas e que Moscou diz ser uma formação neonazista.
A Rússia alegou que a "provocação sangrenta do regime de Kiev" tinha como objetivo impedir as tropas ucranianas de deporem as armas e se renderem.
"Esta provocação hedionda foi realizada para intimidar os militares ucranianos", disse o Ministério russo da Defesa.
Após o ataque contra a prisão, a televisão estatal russa exibiu imagens do que pareciam ser celas destruídas.
Carregamento de grãos
A troca de acusações nesta sexta ocorreu no momento em que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitava um porto do sul da Ucrânia para supervisionar a retomada das exportações de cereais, de acordo com os acordos assinados em 22 de julho.
"O carregamento do primeiro navio desde o início da guerra está em andamento. É um navio turco", disse Zelensky, segundo comunicado presidencial, que mostrou um vídeo do presidente em frente a uma embarcação com o nome "Polarnet".
De acordo com a Presidência, as exportações poderiam começar "nos próximos dias", com o objetivo de abastecer os mercados internacionais com toneladas de cereais bloqueados nos portos ucranianos desde o início da guerra.
"Estamos totalmente preparados. Enviamos todos os sinais para os nossos sócios, ONU e Turquia, e nossos militares garantem a questão da segurança", declarou Zelensky.
Ainda conforme o presidente, a Ucrânia aguarda apenas um "sinal" da Turquia e da ONU para "começar".
As exportações devem ser retomadas com os navios que estavam com carga quando a invasão começou em fevereiro, mas que nunca puderam deixar o porto, devido à guerra.
O aumento do custo dos alimentos é apenas uma das consequências globais da guerra. O preço da energia também subiu acentuadamente, já que Moscou cortou o fornecimento de gás para a Europa, e a turbulência sacode o mercado de petróleo.
Neste contexto, a Presidência francesa disse que Emmanuel Macron e o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, que se reuniram em Paris na quinta-feira à noite, concordaram em trabalhar juntos para limitar o impacto da guerra.
- Ataques em Mykolaiv -
No terreno, no sul da Ucrânia, ao menos cinco pessoas morreram, e sete ficaram feridas, após um bombardeio russo que atingiu um ponto de ônibus na cidade de Mykolaiv, perto do Mar Negro, segundo o governador regional Vitaly Kim.
Mykolaiv é o maior centro urbano controlado pela Ucrânia perto das linhas de frente na região de Kherson, onde os militares ucranianos lançaram uma contra-ofensiva para recuperar o controle do território costeiro de importância econômica e estratégica.
Mais da metade da população desta cidade de 500.000 habitantes fugiu desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
A presidência ucraniana disse, nesta sexta-feira, que os ataques russos na mesma cidade atingiram um ponto de distribuição de ajuda humanitária no dia anterior, ferindo três pessoas.
Na região leste de Donetsk, o governador Pavlo Kyrylenko informou que as forças de Moscou mataram oito pessoas e feriram 19 em ataques na quinta-feira.
"O carregamento do primeiro navio desde o início da guerra está em andamento. É um navio turco", disse Zelensky, segundo comunicado presidencial, que mostrou um vídeo do presidente em frente a uma embarcação com o nome "Polarnet".
De acordo com a Presidência, as exportações poderiam começar "nos próximos dias", com o objetivo de abastecer os mercados internacionais com toneladas de cereais bloqueados nos portos ucranianos desde o início da guerra.
"Estamos totalmente preparados. Enviamos todos os sinais para os nossos sócios, ONU e Turquia, e nossos militares garantem a questão da segurança", declarou Zelensky.
Ainda conforme o presidente, a Ucrânia aguarda apenas um "sinal" da Turquia e da ONU para "começar".
As exportações devem ser retomadas com os navios que estavam com carga quando a invasão começou em fevereiro, mas que nunca puderam deixar o porto, devido à guerra.
O aumento do custo dos alimentos é apenas uma das consequências globais da guerra. O preço da energia também subiu acentuadamente, já que Moscou cortou o fornecimento de gás para a Europa, e a turbulência sacode o mercado de petróleo.
Neste contexto, a Presidência francesa disse que Emmanuel Macron e o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, que se reuniram em Paris na quinta-feira à noite, concordaram em trabalhar juntos para limitar o impacto da guerra.
- Ataques em Mykolaiv -
No terreno, no sul da Ucrânia, ao menos cinco pessoas morreram, e sete ficaram feridas, após um bombardeio russo que atingiu um ponto de ônibus na cidade de Mykolaiv, perto do Mar Negro, segundo o governador regional Vitaly Kim.
Mykolaiv é o maior centro urbano controlado pela Ucrânia perto das linhas de frente na região de Kherson, onde os militares ucranianos lançaram uma contra-ofensiva para recuperar o controle do território costeiro de importância econômica e estratégica.
Mais da metade da população desta cidade de 500.000 habitantes fugiu desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
A presidência ucraniana disse, nesta sexta-feira, que os ataques russos na mesma cidade atingiram um ponto de distribuição de ajuda humanitária no dia anterior, ferindo três pessoas.
Na região leste de Donetsk, o governador Pavlo Kyrylenko informou que as forças de Moscou mataram oito pessoas e feriram 19 em ataques na quinta-feira.
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