Publicado 29/07/2022 16:26 | Atualizado 29/07/2022 16:28
O papa Francisco segue nesta sexta-feira, 29, para Nunavut, no Ártico canadense, a escala final de sua viagem para pedir perdão pelos abusos a crianças indígenas em internatos da Igreja Católica.
O pontífice de 85 anos fará um discurso em Quebec antes de viajar a Iqaluit, capital e maior cidade do vasto território Nunavut. Ele ainda se reunirá, pela primeira vez, com sobreviventes de escolas que abrigavam crianças indígenas retiradas de seus pais e obrigadas a abandonar seu idioma e cultura nativos.
O pontífice de 85 anos fará um discurso em Quebec antes de viajar a Iqaluit, capital e maior cidade do vasto território Nunavut. Ele ainda se reunirá, pela primeira vez, com sobreviventes de escolas que abrigavam crianças indígenas retiradas de seus pais e obrigadas a abandonar seu idioma e cultura nativos.
Em seguida, o papa participará de um evento público do povo Inuit."Não resolverá nada, mas um pedido de desculpas significa muito para nós", disse à AFP Elisapee Nooshoota, da comunidade de Iqaluit, que formam umas 7.000 pessoas.
Desde o final do século XIX até a década de 1990, o governo do Canadá enviou de maneira forçada cerca de 150 mil crianças indígenas a internatos sob responsabilidade da Igreja Católica. Muitas sofreram abusos físicos e sexuais e acredita-se que milhares morreram de desnutrição, doenças, maus tratos e negligência.
Ao iniciar sua visita ao Canadá na segunda-feira, 25, o papa pediu publicamente desculpas pelos abusos. Muitos sobreviventes disseram que esse pedido de perdão foi alentador, mas para outros foi apenas o começo de um processo de cura e reconciliação.
"Deveriam estar fazendo mais com orientação, centros de bem-estar, de recuperação", disse a moradora de Iqaluit, Israel Mablick, de 43 anos e sobrevivente de uma dessas escolas. Outros afirmaram que o papa não mencionou expressamente os abusos sexuais contra crianças das Primeiras Nações, inuits e métis e em Iqaluit vários advertiram o mesmo. Francisco não "reconheceu o papel institucional da Igreja Católica Romana na proteção dos abusadores", disse Kilikvak
Desde o final do século XIX até a década de 1990, o governo do Canadá enviou de maneira forçada cerca de 150 mil crianças indígenas a internatos sob responsabilidade da Igreja Católica. Muitas sofreram abusos físicos e sexuais e acredita-se que milhares morreram de desnutrição, doenças, maus tratos e negligência.
Ao iniciar sua visita ao Canadá na segunda-feira, 25, o papa pediu publicamente desculpas pelos abusos. Muitos sobreviventes disseram que esse pedido de perdão foi alentador, mas para outros foi apenas o começo de um processo de cura e reconciliação.
"Deveriam estar fazendo mais com orientação, centros de bem-estar, de recuperação", disse a moradora de Iqaluit, Israel Mablick, de 43 anos e sobrevivente de uma dessas escolas. Outros afirmaram que o papa não mencionou expressamente os abusos sexuais contra crianças das Primeiras Nações, inuits e métis e em Iqaluit vários advertiram o mesmo. Francisco não "reconheceu o papel institucional da Igreja Católica Romana na proteção dos abusadores", disse Kilikvak
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