Publicado 02/08/2022 11:45 | Atualizado 02/08/2022 12:24
A Suprema Corte da Rússia declarou, nesta terça-feira, 2, o Batalhão Azov da Ucrânia como uma "organização terrorista" banida de seu território, uma nomenclatura que pode expor prisioneiros de guerra mantidos por Moscou sob acusações de terrorismo.
O Regimento Azov, que desempenhou um papel fundamental na defesa do sudeste da Ucrânia na cidade de Mariupol, tem sido repetidamente retratado por autoridades e mídia russas como uma formação nazista, que supostamente vem cometendo atrocidades contra civis ucranianos. Nenhuma evidência neste sentido até agora foi confirmada.
O Azov é uma unidade da Guarda Nacional da Ucrânia que surgiu de um grupo chamado Batalhão Azov. Formado em 2014 por voluntários de brigadas, o Regimento se insurgiu para dar suporte aos militares na luta contra os separatistas apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia.
O Azov seleciona seus combatentes em grupos de extrema direita, o que provoca algumas críticas em relação às suas táticas. Seus membros rejeitam acusações de nacionalismo e radicalismo.
A Procuradoria-Geral da Rússia apresentou, em maio, uma moção para designar o regimento como uma organização terrorista. Dezenas de combatentes Azov estão sendo mantidos em cativeiro por Moscou. As autoridades russas abriram vários processos criminais contra eles, acusando-os de matar civis.
Na semana passada, dezenas de prisioneiros de guerra ucranianos foram mortos em uma explosão em um quartel de uma colônia penal em Olenivka, uma cidade oriental controlada por pró-russos separatistas. Moscou e Kiev trocaram acusações pelo ataque, com Kiev alegando que a Rússia explodiu o quartel para encobrir tortura de prisioneiros de guerra.
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