Publicado 12/08/2022 16:08
O vice-presidente do Paraguai, Hugo Velázquez, anunciou nesta sexta-feira, 12, que renunciou ao seu cargo e também de suas aspirações de ser candidato à presidência no próximo ano pelo governista Partido Colorado, depois que os Estados Unidos o apontou por "corrupção significativa". "A decisão de se retirar é para evitar afetar o entorno do presidente da República (Mario Abdo Benítez) ou do Partido Colorado", disse Velázquez à rádio 1080 AM.
"Vou me aposentar da política. Foi a última etapa da minha carreira. Se não aconteceu, o que vamos fazer? São desígnios de Deus", disse. O presidente Mario Abdo Benítez destacou "a atitude madura" de Velázquez ao "priorizar os interesses da construção e credibilidade de nossa nação ao anunciar sua renúncia".
O Departamento de Estado dos Estados Unidos colocou Velázquez, 54 anos, nesta sexta, em sua lista de pessoas corruptas, após uma investigação apontar que Velázquez recebeu US$ 1 milhão (cerca de 5,1 milhões) de suborno.
Em comunicado, o secretário de Estado Antony Blinken comentou a acusação dizendo que o ex-presidente foi acusado "por sua participação em atos significativos de corrupção, incluindo suborno de um funcionário público e interferência em processos públicos", disse o secretário de Estado Antony Blinken em comunicado.
Seu colaborador próximo e assessor jurídico da usina hidrelétrica Entidad Binacional Yacyretá, Juan Carlos Duarte, e vários de seus parentes também foram punidos. "Falo com tranquilidade que o meu comportamento me dá, porque não fiz o que me acusam. Falo com a consciência tranquila", disse o político. "No caso que me envolve há uma brecha. É muito volátil", acrescentou.
Até agora, Velázquez era o candidato à presidência dentro do movimento Força Republicana do Partido Colorado, que apoia Abdo Benítez, para as primárias marcadas para 18 de dezembro deste ano. As eleições para a presidência do Paraguai serão realizadas em 30 de abril de 2023. O outro candidato do Partido Colorado é, até agora, Santiago Peña, pupilo político do ex-presidente Horacio Cartes (2013-2018).
O ex-presidente, um rico empresário de tabaco, também foi sancionado pelos Estados Unidos há algumas semanas por "corrupção significativa". De acordo com Washington, Cartes obstruiu "uma importante investigação internacional sobre crimes transnacionais". O caso pelo qual Washington sanciona Velázquez está relacionado à usina hidrelétrica de Yacyretá, obra binacional no rio Paraná, na fronteira do Paraguai com a Argentina. Duarte "ofereceu propina a um funcionário público paraguaio para obstruir uma investigação que ameaçava o vice-presidente e seus interesses financeiros", explicou Washington.
Segundo a Casa Branca, Duarte "abusou e explorou de sua posição pública poderosa e privilegiada dentro da Entidade Binacional Yacyretá, colocando em risco a confiança pública em um dos ativos econômicos mais vitais do Paraguai". Blinken estima que esses atos corruptos contribuem para a perda de confiança no governo e afetam "a percepção pública de corrupção e impunidade" no gabinete do vice-presidente.
"Vou me aposentar da política. Foi a última etapa da minha carreira. Se não aconteceu, o que vamos fazer? São desígnios de Deus", disse. O presidente Mario Abdo Benítez destacou "a atitude madura" de Velázquez ao "priorizar os interesses da construção e credibilidade de nossa nação ao anunciar sua renúncia".
O Departamento de Estado dos Estados Unidos colocou Velázquez, 54 anos, nesta sexta, em sua lista de pessoas corruptas, após uma investigação apontar que Velázquez recebeu US$ 1 milhão (cerca de 5,1 milhões) de suborno.
Em comunicado, o secretário de Estado Antony Blinken comentou a acusação dizendo que o ex-presidente foi acusado "por sua participação em atos significativos de corrupção, incluindo suborno de um funcionário público e interferência em processos públicos", disse o secretário de Estado Antony Blinken em comunicado.
Seu colaborador próximo e assessor jurídico da usina hidrelétrica Entidad Binacional Yacyretá, Juan Carlos Duarte, e vários de seus parentes também foram punidos. "Falo com tranquilidade que o meu comportamento me dá, porque não fiz o que me acusam. Falo com a consciência tranquila", disse o político. "No caso que me envolve há uma brecha. É muito volátil", acrescentou.
Até agora, Velázquez era o candidato à presidência dentro do movimento Força Republicana do Partido Colorado, que apoia Abdo Benítez, para as primárias marcadas para 18 de dezembro deste ano. As eleições para a presidência do Paraguai serão realizadas em 30 de abril de 2023. O outro candidato do Partido Colorado é, até agora, Santiago Peña, pupilo político do ex-presidente Horacio Cartes (2013-2018).
O ex-presidente, um rico empresário de tabaco, também foi sancionado pelos Estados Unidos há algumas semanas por "corrupção significativa". De acordo com Washington, Cartes obstruiu "uma importante investigação internacional sobre crimes transnacionais". O caso pelo qual Washington sanciona Velázquez está relacionado à usina hidrelétrica de Yacyretá, obra binacional no rio Paraná, na fronteira do Paraguai com a Argentina. Duarte "ofereceu propina a um funcionário público paraguaio para obstruir uma investigação que ameaçava o vice-presidente e seus interesses financeiros", explicou Washington.
Segundo a Casa Branca, Duarte "abusou e explorou de sua posição pública poderosa e privilegiada dentro da Entidade Binacional Yacyretá, colocando em risco a confiança pública em um dos ativos econômicos mais vitais do Paraguai". Blinken estima que esses atos corruptos contribuem para a perda de confiança no governo e afetam "a percepção pública de corrupção e impunidade" no gabinete do vice-presidente.
Velázquez e seu colaborador foram punidos pela seção 7031(c), ou seja, não terão direito a visto de entrada nos Estados Unidos. Embora não tenha sido mencionado pelo Departamento de Estado, a imprensa paraguaia relembrou, nesta sexta, uma foto de 2016 em que Velázquez e Duarte, durante uma visita ao Líbano, apareceram em um iate com Walid Amine Sweid, acusado pelos Estados Unidos de financiar o Partido Hezbollah, classificado como grupo terrorista por Washington.
"Eles me acusam de aliança com o Hezbollah quando não tenho absolutamente nada a ver com eles, exceto naquela viagem oficial quando oito deputados foram (ao Líbano). De lá para cá, parece que eu tenho ligações com o Hezbollah. Nunca! Eu condeno o terrorismo em todas as suas formas", defendeu-se Velázquez.
"Eles me acusam de aliança com o Hezbollah quando não tenho absolutamente nada a ver com eles, exceto naquela viagem oficial quando oito deputados foram (ao Líbano). De lá para cá, parece que eu tenho ligações com o Hezbollah. Nunca! Eu condeno o terrorismo em todas as suas formas", defendeu-se Velázquez.
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