Publicado 14/08/2022 20:31
O resgate de dez trabalhadores presos por 11 dias em uma mina inundada no México sofreu um sério revés neste domingo (14) devido a um aumento "brusco" dos níveis de água, desferindo um golpe na esperança dos familiares de ver os entes queridos novamente.
O nível de água do poço 2, que até sexta-feira estava em 70 centímetros e onde se concentravam as maiores esperanças para a próxima entrada de socorristas, subiu para 12,92 metros, detalhou o governo do estado de Coahuila em comunicado.
"Os engenheiros já estão avaliando a real situação e a causa da nova entrada de água na mina", acrescentou.
Nos poços 3 e 4, entretanto, a água subiu para 15,5 metros e 12,5 metros, respetivamente, disse o comunicado, um aumento entre 8 e 10 metros em relação aos níveis reportados pelas autoridades na sexta-feira.
"Uma nova estratégia é desenhada pelos engenheiros especialistas (...) que permite, com novos dados, realizar as ações para a extração da água encontrada na mina El Pinabete", informou o governo.
"Condiciones extraordinárias"
O nível de água do poço 2, que até sexta-feira estava em 70 centímetros e onde se concentravam as maiores esperanças para a próxima entrada de socorristas, subiu para 12,92 metros, detalhou o governo do estado de Coahuila em comunicado.
"Os engenheiros já estão avaliando a real situação e a causa da nova entrada de água na mina", acrescentou.
Nos poços 3 e 4, entretanto, a água subiu para 15,5 metros e 12,5 metros, respetivamente, disse o comunicado, um aumento entre 8 e 10 metros em relação aos níveis reportados pelas autoridades na sexta-feira.
"Uma nova estratégia é desenhada pelos engenheiros especialistas (...) que permite, com novos dados, realizar as ações para a extração da água encontrada na mina El Pinabete", informou o governo.
"Condiciones extraordinárias"
Após receber a notícia, Magdalena Montelongo, irmã de Jaime, um dos mineiros presos, tenta manter a calma e serenidade, mas a frustração é inevitável.
"Não sei quais estratégias ou o que mais eles vão fazer", disse à AFP. "Talvez não esteja mais nas mãos deles, dos engenheiros ou de quem está dentro. Eles não sabem mais de onde vem a água", acrescenta.
A coordenadora nacional da Proteção Civil e responsável pela operação, Laura Velázquez, pediu aos familiares que deixem claro "que não vamos abandoná-los, nem eles nem os mineiros presos", segundo um comunicado.
Velázquez indicou que a mina El Pinabete enfrenta "condições extraordinárias" devido à sua localização vizinha à mina Conchas Norte, abandonada há cerca de 30 anos, período em que "acumulou um volume muito elevado" de água.
"A mina Conchas Norte é 100 vezes maior, pois a mina El Pinabete tem 1,8 hectares e a mina Conchas Norte tem 180 hectares", detalhou a Proteção Civil no texto.
As famílias dos mineiros denunciaram este sábado sentir-se "desesperadas" face ao lento progresso do resgate, ao mesmo tempo que manifestam a sua desconfiança na liderança da operação e nas manobras realizadas até agora.
"Uma dor muito forte"
"Não sei quais estratégias ou o que mais eles vão fazer", disse à AFP. "Talvez não esteja mais nas mãos deles, dos engenheiros ou de quem está dentro. Eles não sabem mais de onde vem a água", acrescenta.
A coordenadora nacional da Proteção Civil e responsável pela operação, Laura Velázquez, pediu aos familiares que deixem claro "que não vamos abandoná-los, nem eles nem os mineiros presos", segundo um comunicado.
Velázquez indicou que a mina El Pinabete enfrenta "condições extraordinárias" devido à sua localização vizinha à mina Conchas Norte, abandonada há cerca de 30 anos, período em que "acumulou um volume muito elevado" de água.
"A mina Conchas Norte é 100 vezes maior, pois a mina El Pinabete tem 1,8 hectares e a mina Conchas Norte tem 180 hectares", detalhou a Proteção Civil no texto.
As famílias dos mineiros denunciaram este sábado sentir-se "desesperadas" face ao lento progresso do resgate, ao mesmo tempo que manifestam a sua desconfiança na liderança da operação e nas manobras realizadas até agora.
"Uma dor muito forte"
Na sexta-feira, Velázquez havia reconhecido que "não há como" determinar quando eles poderiam chegar à área da mina onde os trabalhadores devem estar presos.
No entanto, ela também disse que havia "condições" para entrar na mina após a queda do nível da água.
Familiares também expressaram no sábado seu medo de que os trabalhadores presos não pudessem ser resgatados, como aconteceu após o acidente na mina de carvão Pasta de Conchos, também em Coahuila, em 19 de fevereiro de 2006.
Na Pasta de Conchos, uma mina controlada pelo conglomerado Grupo México, 65 trabalhadores morreram, mas apenas dois corpos foram recuperados.
Gil Rico Montelongo, primo de Magdalena, foi um dos mineiros cujos restos mortais nunca foram recuperados em Pasta de Conchos.
"O que eu não quero é que eles [falem] que nada pode ser feito (...) É muito forte perder um irmão, é uma dor muito forte", acrescentou a mulher de 66 anos.
O acidente de Agujita ocorreu quando a parede de uma mina adjacente, inundada e abandonada, desabou, causando a inundação do poço onde 15 mineiros trabalhavam. Cinco deles conseguiram escapar.
Desde então, não houve sinais de vida dos 10 trabalhadores restantes, cujo resgate envolve várias centenas de pessoas, incluindo soldados, oficiais e mineiros voluntários.
Acidentes de mineração são frequentes em Coahuila, principal produtor de carvão do México.
No entanto, ela também disse que havia "condições" para entrar na mina após a queda do nível da água.
Familiares também expressaram no sábado seu medo de que os trabalhadores presos não pudessem ser resgatados, como aconteceu após o acidente na mina de carvão Pasta de Conchos, também em Coahuila, em 19 de fevereiro de 2006.
Na Pasta de Conchos, uma mina controlada pelo conglomerado Grupo México, 65 trabalhadores morreram, mas apenas dois corpos foram recuperados.
Gil Rico Montelongo, primo de Magdalena, foi um dos mineiros cujos restos mortais nunca foram recuperados em Pasta de Conchos.
"O que eu não quero é que eles [falem] que nada pode ser feito (...) É muito forte perder um irmão, é uma dor muito forte", acrescentou a mulher de 66 anos.
O acidente de Agujita ocorreu quando a parede de uma mina adjacente, inundada e abandonada, desabou, causando a inundação do poço onde 15 mineiros trabalhavam. Cinco deles conseguiram escapar.
Desde então, não houve sinais de vida dos 10 trabalhadores restantes, cujo resgate envolve várias centenas de pessoas, incluindo soldados, oficiais e mineiros voluntários.
Acidentes de mineração são frequentes em Coahuila, principal produtor de carvão do México.
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