Publicado 15/08/2022 12:22
Os exercícios militares nas proximidades de Taiwan retornaram as atividades, informou o governo da China nesta segunda-feira, 15. A decisão se deu após a visita de um grupo de parlamentares dos Estados Unidos à ilha no domingo, 14.
O objetivo da visita de congressistas era participar de uma reunião com a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, que não foi anunciada com antecedência. Segundo a diplomacia, o encontro é focado em comércio, segurança regional e mudanças climáticas. Este é o segundo grupo de alto nível que vai ao território em meio a tensões militares com a China.
O exército chinês "continua treinando e se preparando para a guerra, defendendo resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial, e esmagando com determinação qualquer forma de separatismo da 'independência de Taiwan' e tentativas de interferência estrangeira", declarou Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa chinês.
A visita ocorreu 12 dias depois que Nancy Pelosi, presidente da Câmara norte-americana, esteve no território, em uma rápida e controversa ida. A presença de representantes dos Estados Unidos nas proximidades do território, reivindicada pelos chineses, elevou o nível de tensão na região.
A China considera Taiwan, com uma população de cerca de 23 milhões de habitantes, uma de suas províncias, que ainda não foi reunificada com o restante de seu território desde o fim da guerra civil chinesa (1949). Opondo-se a qualquer iniciativa que dê legitimidade internacional às autoridades taiwanesas, Pequim é contra qualquer contato oficial entre Taiwan e outros países. Políticos dos Estados Unidos visitam a ilha com frequência, mas a China encarou a viagem de Pelosi, a principal autoridade americana a visitar a ilha em décadas, como uma grande provocação.
Diante das manobras iniciadas por Pequim em retaliação, Taiwan organizou seus próprios exercícios simulando a organização de sua defesa contra uma invasão chinesa. Pequim só encerrou seus exercícios após reiterar suas ameaças contra Taipé e declarar que continuaria a patrulhar o Estreito de Taiwan.
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