Publicado 15/08/2022 16:54
Espera-se que o Irã decida em breve se aceita a proposta da União Europeia (UE) de restaurar o Plano de Ação Abrangente Conjunto de 2015 — uma medida que poderia eventualmente suspender as sanções a Teerã e adicionar mais de um milhão de barris por dia de petróleo ao mercado global.
Os EUA se retiraram do acordo, também conhecido como acordo nuclear iraniano, em maio de 2018, sob o então governo de Donald Trump. O acordo visava a restringir as capacidades nucleares do Irã.
O embaixador russo Mikhail Ulyanov tuittou nesta segunda-feira, 15, citando fontes iranianas, que a decisão de Teerã sobre o projeto de acordo da UE sobre a restauração do acordo será anunciada antes da meia-noite.
"Se os EUA mostrarem uma abordagem realista e flexibilidade, podemos chegar ao ponto de um acordo nos próximos dias", disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, a repórteres em uma entrevista em Teerã, segundo a Bloomberg.
Nesse contexto, analistas da Height Securities aumentaram a probabilidade de um renascimento do acordo nuclear com o Irã de 40% para 50%, mas também disseram que os comentários de Amirabdollahian "sugerem que, em vez de responder ao 'texto final' com um simples 'sim' ou 'não', o Irã buscará concessões adicionais, exacerbando o risco de que as negociações mais uma vez engasguem ou até entrem em colapso".
A Height se manifestou nesta segunda-feira, 15, afirmando que não considera o prazo de 15 de agosto para a decisão de "pegar ou largar" como firme, "se o Irã retornar com uma revisão que pareça viável". Ainda assim, a "utilidade de um acordo revivido diminui a cada dia que passa", destacou a empresa.
Um renascimento do acordo nuclear pode levar à remoção das sanções dos EUA ao setor de petróleo do Irã, que, por sua vez, pode adicionar 1,3 milhão de barris a 1,4 milhão de barris por dia de petróleo ao mercado global dentro de seis a nove meses, disseram analistas da Height, citando estimativas da Argus.
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