Salman Rushdie se recupera bem após sofrer ferimentos na cabeça, peito, abdômen, fígado e pernaReprodução
Publicado 17/08/2022 16:29 | Atualizado 17/08/2022 17:41
Nova York - Diversos escritores participarão nesta sexta-feira, 19, de um evento em Manhattan, em Nova York, para homenagear o autor britânico Salman Rushdie, 75 anos, que foi ferido gravemente em um ataque no último dia 12. O evento está sendo realizado pela ONG PEN America, que luta para defender a liberdade de expressão nos Estados Unidos, em parceria com a Biblioteca Pública de Nova York e a Penguim Random House.
Durante a homenagem, os escritores lerão trechos de "obras selecionadas" de Rushdie. Entre os que já confirmaram presença, em lista de convidados que ainda está aberta, estão Paul Auster, Reginald Dwayne Betts, Tina Brown, Kiran Desai, Andrea Elliott, Amanda Foreman, Roya Hakakian, A.M. Homes, Siri Hustvedt, Hari Kunzru, Colum McCann, Andrew Solomon e Gay Talese.
Para quem quiser homenagear Rushdie, mas não está em Nova York, a PEN America sugere a criação de um evento na cidade de origem ou que os interessados postem um vídeo lendo um trecho de um livro do autor, usem a hashtag #StandWithSalman e marquem a @penamerica nas redes sociais.
Rushdie foi agredido por Hadi Matar, um jovem norte-americano de 24 anos, pouco antes de iniciar uma palestra em Chautauqua, no estado de Nova York. O rapaz desferiu de 10 a 15 facadas contra o escritor britânico e ele ainda corre o risco de perder um dos olhos, além de ter os nervos de um dos braços cortados e ferimentos no peito, abdômen, fígado e perna.
Já Matar foi indiciado por tentativa de homicídio de segundo grau e agressão. Mas, o acusado se diz inocente e não explicou as motivações do crime.
De acordo com a mídia norte-americana, o agressor seria um "simpatizante" do Irã, mas as autoridades não confirmaram a informação. Isso porque o escritor é considerado "inimigo" de Teerã por ter publicado, em 1988, um livro chamado Versos Satânicos.
A obra foi chamada de "blasfêmia" e, desde 1989, há uma "fatwa", uma espécie de decreto do regime que pede a morte de Rushdie sob recompensa milionária e a promessa de não ser processado por matá-lo.
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