Publicado 17/08/2022 20:02
O jovem americano acusado de esfaquear Salman Rushdie se disse "surpreso" de que o escritor britânico tenha sobrevivido ao ataque, segundo declarações ao jornal New York Post, publicadas nesta quarta-feira (17). "Quando soube que sobreviveu, fiquei surpreso", afirmou Hadi Matar, de 24 anos, ao tabloide, que destacou ter feito uma entrevista em vídeo com o suspeito, que está preso.
O suposto agressor, que se declarou inocente das acusações de tentativa de homicídio, não contou se se inspirou no decreto religioso de 1989, ou fatwa, emitido pelo ex-líder supremo iraniano, aiatolá Ruhollah Khomeini, que ordenava aos muçulmanos matar o escritor pelo que considerava a natureza blasfematória de seu livro "Versos Satânicos".
"Respeito o aiatolá. Penso que é uma grande pessoa. Isso é tudo o que direi sobre isto", afirmou Matar, a quem, segundo o New York Post, seu advogado aconselhou a não falar sobre o tema. Matar disse ao jornal que tinha lido "algumas páginas" do romance de Rushdie.
"Não gosto da pessoa. Não acho que seja uma pessoa muito boa", disse sobre o autor. "Não gosto. Não gosto muito". "É alguém que atacou o Islã, atacou suas crenças, os sistemas de crenças", continuou. Matar disse não manter contato com a Guarda Revolucionária do Irã, exército ideológico da República Islâmica. Também contou que tinha se inteirado de que Rushdie daria uma conferência literária na Instituição Chautauqua através de um tuíte no começo deste ano.
O jovem, morador de Nova Jersey, disse ao jornal que tinha embarcado em um ônibus na cidade de Buffalo, no norte do estado de Nova York, na véspera do ataque, e depois foi para a pequena cidade de Chautauqua em um carro do Lyft, serviço de transporte por aplicativo. "Andei por aí fazendo hora. Não fiz nada em particular, só caminhei", contou ao jornal. "Fiquei do lado de fora todo o tempo".
Na sexta-feira passada, antes de Rushdie dar uma palestra como parte de uma série de conferências literárias, um homem invadiu o palco e o esfaqueou várias vezes no pescoço e no abdômen. O escritor foi levado de avião para um hospital próximo, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência com lesões potencialmente letais.
O escritor de 75 anos permanece em estado grave, mas saiu do respirador e deu sinais de melhora. Matar disse ao jornal New York Post que tinha assistido a vídeos do YouTube de Rushdie falando e qualificou o escritor de "falso".
Na segunda, a mãe de Matar, a libanesa Silvana Fardos, moradora de Fairview, Nova Jersey, descreveu Matar como "um introvertido de caráter mutável" e destacou que ele estava cada vez mais obcecado pelo Islã depois de visitar o Líbano para ver seu distante pai, segundo declarações ao jornal britânico Daily Mail. Matar deve se apresentar perante um tribunal na sexta-feira.
"Respeito o aiatolá. Penso que é uma grande pessoa. Isso é tudo o que direi sobre isto", afirmou Matar, a quem, segundo o New York Post, seu advogado aconselhou a não falar sobre o tema. Matar disse ao jornal que tinha lido "algumas páginas" do romance de Rushdie.
"Não gosto da pessoa. Não acho que seja uma pessoa muito boa", disse sobre o autor. "Não gosto. Não gosto muito". "É alguém que atacou o Islã, atacou suas crenças, os sistemas de crenças", continuou. Matar disse não manter contato com a Guarda Revolucionária do Irã, exército ideológico da República Islâmica. Também contou que tinha se inteirado de que Rushdie daria uma conferência literária na Instituição Chautauqua através de um tuíte no começo deste ano.
O jovem, morador de Nova Jersey, disse ao jornal que tinha embarcado em um ônibus na cidade de Buffalo, no norte do estado de Nova York, na véspera do ataque, e depois foi para a pequena cidade de Chautauqua em um carro do Lyft, serviço de transporte por aplicativo. "Andei por aí fazendo hora. Não fiz nada em particular, só caminhei", contou ao jornal. "Fiquei do lado de fora todo o tempo".
Na sexta-feira passada, antes de Rushdie dar uma palestra como parte de uma série de conferências literárias, um homem invadiu o palco e o esfaqueou várias vezes no pescoço e no abdômen. O escritor foi levado de avião para um hospital próximo, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência com lesões potencialmente letais.
O escritor de 75 anos permanece em estado grave, mas saiu do respirador e deu sinais de melhora. Matar disse ao jornal New York Post que tinha assistido a vídeos do YouTube de Rushdie falando e qualificou o escritor de "falso".
Na segunda, a mãe de Matar, a libanesa Silvana Fardos, moradora de Fairview, Nova Jersey, descreveu Matar como "um introvertido de caráter mutável" e destacou que ele estava cada vez mais obcecado pelo Islã depois de visitar o Líbano para ver seu distante pai, segundo declarações ao jornal britânico Daily Mail. Matar deve se apresentar perante um tribunal na sexta-feira.
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