Publicado 19/08/2022 14:02 | Atualizado 19/08/2022 14:27
Milhares de pessoas compareceram nesta sexta-feira (19) ao quartel dos bombeiros de Matanzas, no oeste de Cuba, para dar o último adeus aos 14 homens que desapareceram no incêndio de quatro tanques de petróleo na zona industrial desta cidade.
Uma longa fila de bombeiros, soldados e civis desfilaram lentamente pelo Museu dos Bombeiros "Enrique Estrada" em frente às 14 pequenas urnas cobertas por bandeiras cubanas. São 14 homens, a maioria bombeiros, que desapareceram no incêndio causado por um raio em 5 de agosto. Na madrugada de 6 de agosto, um segundo tanque explodiu e o fogo prendeu várias pessoas que tentavam extingui-lo.
O incidente afetou 146 pessoas, 16 das quais morreram (dois corpos de falecidos foram resgatados inicialmente), 18 feridos ainda estão hospitalizados e 112 receberam alta. Os 14 homens ficaram presos pelas chamas em uma área que atingiu mais de 1 mil graus Celsius, então seus corpos foram carbonizados. fotogaleria
Depois de apagar o incêndio no dia 12, com a ajuda de bombeiros e recursos técnicos do México e da Venezuela, os especialistas encontraram ossos carbonizados correspondentes a 14 pessoas, mas não conseguiram identificá-las cientificamente.
Na quinta-feira, as autoridades divulgaram os nomes, província de origem e fotos dos 14. Quatro deles são da província de Mayabeque, 6 de Matanzas e 4 de Havana. Quatro dos 14 eram muito jovens, e segundo informações não oficiais nas redes sociais, eram pessoas entre os 19 e os 23 anos que serviam como bombeiros no Serviço Geral Militar.
As cerimônias fúnebres acontecem no segundo e último dia de luto oficial decretado pelo presidente Miguel Díaz-Canel. "Nossas mais profundas condolências às famílias e amigos desses bravos cubanos", escreveu o presidente em sua conta no Twitter.
O enterro dos 14 restos mortais será no final da tarde em uma cerimônia familiar no cemitério de San Carlos de Matanzas, cidade de 145 mil habitantes 100 quilômetros ao leste de Havana. Eles serão enterrados no Panteão dos Caídos em Defesa, construído em 1989 para abrigar os mortos de Matanzas em campanhas militares na África. Mais tarde, outras pessoas consideradas heróis também foram enterradas lá.
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