Publicado 23/08/2022 16:52
Uma autoridade dos Estados Unidos disse nesta terça-feira, 23, que o Irã concordou em retirar as exigências estabelecidas para as inspeções nucleares da ONU, no que parece ser uma última concessão que sinalizaria o renascimento do acordo nuclear de 2015.
A informação surge depois que autoridades americanas disseram que o Irã estava atenuando seu pedido para que Washington removesse a poderosa Guarda Revolucionária de uma lista terrorista. Essa é uma questão-chave nas negociações indiretas.
O Irã tentou encerrar uma investigação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em três instalações nucleares não declaradas e sobre as quais a agência diz ter dúvidas sobre trabalhos nucleares anteriores.
Em junho, o Irã desligou várias câmeras da AIEA depois de ser censurado por não explicar adequadamente sobre antigos vestígios de urânio.
Um alto funcionário dos EUA disse que o Irã "fez concessões em questões cruciais", mas apontou como "categoricamente falsos" os informes sobre concessões feitas pela parte americana.
"Além das restrições nucleares que o Irã deve aplicar, a AIEA pode mais uma vez implementar o regime de inspeção mais abrangente já negociado, permitindo detectar qualquer esforço iraniano para adquirir secretamente uma arma nuclear", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado.
"Grande parte dessa vigilância internacional continuaria por um tempo ilimitado", disse ele.
Concessões de ambos os lados são esperadas como parte de uma tentativa de reviver o acordo nuclear de 2015, que é profundamente impopular tanto para alguns radicais iranianos quanto para o Partido Republicano dos EUA.
O então presidente republicano Donald Trump retirou os Estados Unidos desse acordo em 2018.
Seu sucessor, o democrata Joe Biden, prometeu retornar, mas foi confrontado com a insistência do Irã de que as sanções impostas a ele por seus planos nucleares fossem suspensas.
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