Joe BidenAFP
Publicado 26/08/2022 15:51 | Atualizado 26/08/2022 17:10
Washington - A Casa Branca criticou nesta sexta-feira(26) a entrada em vigor de leis "drásticas" para proibir o aborto em Oklahoma, Idaho, Texas e Tennessee, segundo a porta-voz da Presidência americana Karine Jean-Pierre.
Referindo-se de maneira geral à ofensiva conservadora contra o direito ao aborto, o presidente Joe Biden declarou, durante uma reunião com parlamentares na Casa Branca: "acredito que os americanos percebem que tudo isso passa muito dos limites".
Biden reiterou a necessidade de uma lei federal para restaurar o direito ao aborto em todo o país e afirmou que em novembro, durante as eleições de meio de mandato, "os americanos garantirão que isso não vai acontecer" dando aos democratas uma clara maioria no Congresso.
A defesa do direito ao aborto é um dos pontos centrais da campanha do Partido Democrata para estas eleições.
Idaho, Texas e Tennessee se somaram a dez estados conservadores que adotaram leis que proíbem a interrupção voluntária da gravidez, inclusive em casos de estupro e incesto. Sua entrada em vigor é consequência direta da decisão, em 24 de junho, da muito conservadora Suprema Corte de revogar o direito constitucional ao aborto.
A lei que entrou em vigor em Oklahoma prevê penalizar médicos e profissionais de saúde que realizem o procedimento a multas altas e até 10 anos de prisão.
"Estas proibições quase totais do aborto são parte de uma iniciativa cada vez mais ampla dos republicanos para suprimir as liberdades que os americanos conquistaram a mais de meio século", disse Karine Jean-Pierre.
"Os americanos devem saber que este e outros direitos básicos, incluindo o direito à anticoncepção e o casamentos para todos, estão ameaçados", insistiu.
A Casa Branca divulgou nesta sexta uma série de pesquisas que mostram que a maioria dos americanos apoia o direito ao aborto e desaprova sua ameaça, o que está aumentando as intenções de voto a favor dos democratas.
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