Crise energética na Europa deve afetar produção e consumoReprodução/Freepik
Publicado 27/08/2022 18:30
A integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE) Isabel Schnabel declarou neste
sábado, 27, que os bancos centrais precisam agir "com força" para combater a inflação. Segundo ela, existem motivos válidos para acreditar que os formuladores de políticas dos BCs se encontrarão em um ambiente menos favorável no médio prazo, considerando que os embates econômicos são potencialmente maiores, mais persistentes e mais frequentes.
Durante discurso no Simpósio de Jackson Hole, ela disse que “tanto a probabilidade quanto o custo da inflação alta atual se arraigar nas expectativas são desconfortavelmente altos". Para a banqueira central, a pandemia e a guerra aumentarão a instabilidade nos próximos anos.
"Pela primeira vez em quatro décadas, os bancos centrais precisam provar o quanto estão determinados a proteger a estabilidade de preços. A pandemia e a guerra estão suprimindo consistentemente o nível de oferta agregada em um momento de forte demanda reprimida, levando a fortes pressões de preços em uma grande variedade de bens e serviços", completou.
Em relação à crise energética na Europa, Schnabel comentou que a escassez de energia de combustíveis fósseis, especialmente na Europa, exigirá ajustes na produção e consumo. "A transição verde e a guerra na Ucrânia tornarão a energia fóssil cada vez mais escassa e cara em um momento em que as fontes de energia renovável ainda não são suficientemente escaláveis. Nos próximos meses, a escassez aguda, em particular na Europa, pode exigir ajustes dolorosos na produção e no consumo", avaliou.
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