Publicado 06/09/2022 08:48
A peste suína africana está se espalhando "a um ritmo alarmante" na Europa, alertam especialistas e autoridades de saúde. A doença é inofensiva para os seres humanos, mas altamente contagiosa entre os animais.
"O número de casos e áreas afetadas está aumentando apesar de nossos esforços, e os países têm grandes dificuldades em controlar e eliminar a doença", disse Gregorio Torres, chefe do departamento científico da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), à AFP.
Apesar de não ser transmissível para humanos, o vírus pode sobreviver por mais de dois meses em carnes e conservas. Desde o início do ano, um total de 285 surtos de peste suína africana (PSA) foram detectados em fazendas europeias, com quase 71.000 casos registrados pela OMSA.
O vírus circula principalmente na parte leste do continente, na Romênia (197 surtos), Moldávia ou oeste da Rússia, onde cinco novos surtos foram detectados na última semana. Na Alemanha apareceu em maio, na Itália em junho.
Animais selvagens, como javalis, também contraem a doença e podem espalhá-la de forma descontrolada.
A indústria suína europeia, "o maior exportador mundial, com 5 milhões de toneladas por ano", está ameaçada, alertou a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) no final de julho.
A taxa de propagação é "alarmante", explicou a agência, que lançou a sua terceira campanha de comunicação em 18 países.
A situação é preocupante na Ucrânia, em plena guerra, onde surgiram três fontes de contágio.
A peste suína africana é endêmica nesse continente, ou seja, ela é recorrente na região, mas não existe um aumento significativo no número de casos.
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