Publicado 11/09/2022 12:36
O partido Conservador do Canadá elegeu, na noite de sábado, 10, Pierre Poilievre como seu novo líder. Poilievre oi um dos poucos políticos a apoiar o Freedom Comvoy, protesto liderado por caminhoneiros contra restrições relacionadas à pandemia, que paralisou a capital canadense por mais de três semanas no início do ano. Ele também foi um dos críticos mais ferozes aos mandatos de vacinação do governo do primeiro-ministro Justin Trudeau.
Poilievre recebeu 68% dos votos de seu partido prometendo reduzir o papel do Estado, cortar gastos e impostos que, segundo ele, ajudaram a alimentar a inflação no Canadá. Durante sua campanha, atacou a classe dominante do país, responsável, segundo ele, por frustrar o empreendedorismo, restringir a liberdade de expressão e violar liberdades individuais. Também apelou a eleitores mais jovens, em especial os que não podem comprar uma imóvel e precisam alugar ou continuar morando com os pais.
"Há pessoas neste país que estão apenas por um fio", disse Poilievre, de 43 anos, no discurso de sábado à noite após a confirmação de sua vitória. "Eles não precisam de um governo que zombe deles, os despreze e os xingue; não precisam de um governo para administrar suas vidas. Eles precisam de um primeiro-ministro que restaure a esperança. Eu serei esse primeiro-ministro."
Analistas políticos dizem que Poilievre conseguiu, assim como o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atrair pessoas que não eram politicamente engajadas, que desconfiam das instituições e acreditam que estão sendo prejudicadas economicamente.
Poilievre também atribui a elevação da inflação no país à política fiscal adotada pelo atual governo e à decisão do Banco do Canadá de realizar compras de títulos em grande escala. Economistas avaliam as tentativas de politizar o banco central como preocupantes. "Culpar o atual governador do Banco do Canadá demonstra uma séria falta de compreensão do processo de inflação", escreveu Chris Ragan, professor de economia da Universidade McGill de Montreal, na publicação online Line.
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