Vice-chanceler alemão, Robert HabeckReprodução
Publicado 21/09/2022 10:18 | Atualizado 21/09/2022 16:45
A Alemanha condenou a mobilização militar parcial anunciada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta quarta-feira, 21, e prometeu continuar apoiando a Ucrânia."Trata-se de mais uma escalada dessa guerra ilegal de agressão contra a Ucrânia", afirmou o vice-chanceler alemão, Robert Habeck. "É um gesto ruim e errado por parte da Rússia."

Habeck disse ainda que o governo do chanceler Olaf Scholz irá se reunir hoje para discutir a questão, reiterando que Berlim seguirá dando apoio à Ucrânia "em todos os sentidos". 
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta uma "mobilização parcial" dos russos em idade de combater na Ucrânia e advertiu o Ocidente que o país está disposto a utilizar "todos os meios" em sua defesa.
Após o anúncio, na terça-feira, 20, sobre a organização de "referendos" de anexação de quatro regiões do leste e do sul da Ucrânia a partir de sexta-feira, 23, as declarações do presidente russo marcam uma mudança no conflito, iniciado em 24 de fevereiro.
"Considero necessário apoiar a proposta (do ministério da Defesa) de mobilização parcial dos cidadãos na reserva, aqueles que já serviram (...) e que têm experiência pertinente", declarou Putin em um discurso gravado e exibido nesta quarta-feira na televisão.
"Estamos falando apenas de uma mobilização parcial", insistiu o presidente russo. Nos últimos dias, os rumores sobre uma mobilização geral provocaram preocupação entre muitos russos. O ministro da Defesa do país, Serguei Shoigu, explicou que a ordem envolve 300.000 reservistas, o que, em suas palavras, representa apenas "1,1% dos recursos que podem ser mobilizados".
A ordem é efetiva a partir desta quarta, segundo o presidente russo. O decreto foi publicado pouco depois da exibição do discurso no portal do Kremlin.
 

*Com informações do Estadão Conteúdo


Leia mais