Publicado 22/09/2022 10:14 | Atualizado 27/09/2022 11:43
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente do país, Dimitri Medvedev, afirmou nesta quinta-feira, 22, que as autoridades do país estão prontas para usar todo o armamento de Moscou, incluindo "armas nucleares estratégicas", para defender os territórios conquistados na Ucrânia.
A declaração desta quinta subiu o tom das ameaças feitas pelo presidente do país, Vladimir Putin, em pronunciamento televisionado na quarta-feira, 21. Na ocasião, o chefe do Kremlin decretou a primeira mobilização do país desde a Segunda Guerra Mundial. A intenção é convocar 300 mil cidadãos — com experiência militar — para a guerra contra a Ucrânia.
"A Rússia anunciou que não só as capacidades de mobilização, mas também qualquer arma russa, incluindo armas nucleares estratégicas e armas baseadas em novos princípios, podem ser usadas para essa proteção (das regiões ocupadas)", disse.
Ele reafirmou a realização dos referendos sobre a separação das regiões ucranianas de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia, invadidas pela Rússia. "Não há volta atrás", declarou.
"O establishment (ordem ideológica, econômica e política) do Ocidente e todos os cidadãos dos países da Otan precisam entender que a Rússia escolheu seu próprio caminho", declarou.
A declaração desta quinta subiu o tom das ameaças feitas pelo presidente do país, Vladimir Putin, em pronunciamento televisionado na quarta-feira, 21. Na ocasião, o chefe do Kremlin decretou a primeira mobilização do país desde a Segunda Guerra Mundial. A intenção é convocar 300 mil cidadãos — com experiência militar — para a guerra contra a Ucrânia.
"A Rússia anunciou que não só as capacidades de mobilização, mas também qualquer arma russa, incluindo armas nucleares estratégicas e armas baseadas em novos princípios, podem ser usadas para essa proteção (das regiões ocupadas)", disse.
Ele reafirmou a realização dos referendos sobre a separação das regiões ucranianas de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia, invadidas pela Rússia. "Não há volta atrás", declarou.
"O establishment (ordem ideológica, econômica e política) do Ocidente e todos os cidadãos dos países da Otan precisam entender que a Rússia escolheu seu próprio caminho", declarou.
Anúncio de convocação dos reservistas
Após o anúncio, na terça-feira, 20, sobre a organização de "referendos" de anexação de quatro regiões do leste e do sul da Ucrânia a partir de sexta-feira, 23, as declarações do presidente russo marcam uma mudança no conflito, iniciado em 24 de fevereiro.
"Considero necessário apoiar a proposta (do ministério da Defesa) de mobilização parcial dos cidadãos na reserva, aqueles que já serviram (...) e que têm experiência pertinente", declarou Putin em um discurso gravado e exibido nesta quarta-feira na televisão.
"Estamos falando apenas de uma mobilização parcial", insistiu o presidente russo. Nos últimos dias, os rumores sobre uma mobilização geral provocaram preocupação entre muitos russos. O ministro da Defesa do país, Serguei Shoigu, explicou que a ordem envolve 300 mil reservistas, o que, em suas palavras, representa apenas "1,1% dos recursos que podem ser mobilizados".
A ordem é efetiva a partir desta quarta, segundo o presidente russo. O decreto foi publicado pouco depois da exibição do discurso no portal do Kremlin.
Protestos
Mais de mil pessoas foram detidas também na quarta-feira, 21, na Rússia durante manifestações contra a mobilização de reservistas para a ofensiva na Ucrânia, anunciada horas antes pelo presidente Vladimir Putin, informou uma ONG.
Segundo o grupo de monitoramento OVD-Info, uma organização não-governamental especializada na contagem de detenções, houve manifestações em pelo menos 38 cidades de toda a Rússia, onde 1.240 pessoas foram detidas.
Tratam-se dos maiores protestos no país desde as que se seguiram ao anúncio da ofensiva russa na Ucrânia, no fim de fevereiro.
Segundo o grupo de monitoramento OVD-Info, uma organização não-governamental especializada na contagem de detenções, houve manifestações em pelo menos 38 cidades de toda a Rússia, onde 1.240 pessoas foram detidas.
Tratam-se dos maiores protestos no país desde as que se seguiram ao anúncio da ofensiva russa na Ucrânia, no fim de fevereiro.
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