Publicado 27/09/2022 11:53
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente do país, Dimitri Medvedev, fez nesta terça-feira, 27, a ameaça mais contundente sobre o direito de Moscou de usar armas nucleares contra a Ucrânia.
O Secretário do Conselho de Segurança encabeçado pelo presidente russo, Vladimir Putin, disse que "se uma ameaça à Rússia se elevar acima de um certo nível de perigo, teremos de responder sem pedir o consentimento de ninguém ou fazer longas consultas", acrescentando que "isso certamente não é um blefe".
Medvedev é um dos aliados mais próximos de Putin e é amplamente visto como um "porta-voz" das visões do presidente russo. A Ucrânia e países do Ocidente têm minimizado eventuais comentários do Kremlin sobre uso de armas nucleares classificando-as como "tática de medo".
Medvedev insistiu que o direito de usar armas nucleares está em linha com a doutrina russa de dissuasão nuclear, que estabelece que armas do tipo podem ser utilizadas se o país sofrer um ataque nuclear ou em caso de agressões com armas convencionais que "ameaçam a própria existência de nosso Estado".
Medvedev é um dos aliados mais próximos de Putin e é amplamente visto como um "porta-voz" das visões do presidente russo. A Ucrânia e países do Ocidente têm minimizado eventuais comentários do Kremlin sobre uso de armas nucleares classificando-as como "tática de medo".
Medvedev insistiu que o direito de usar armas nucleares está em linha com a doutrina russa de dissuasão nuclear, que estabelece que armas do tipo podem ser utilizadas se o país sofrer um ataque nuclear ou em caso de agressões com armas convencionais que "ameaçam a própria existência de nosso Estado".
No dia 22 de setembro, Medvedev já havia dito que quaisquer armas no arsenal, incluindo “armas nucleares estratégicas”, podem ser usadas para defender territórios da Ucrânia que foram reivindicados pela Rússia.
A declaração subiu o tom das ameaças feitas pelo presidente do país, Vladimir Putin, em pronunciamento televisionado na quarta-feira, 21. Na ocasião, o chefe do Kremlin decretou a primeira mobilização do país desde a Segunda Guerra Mundial. A intenção é convocar 300 mil cidadãos — com experiência militar — para a guerra contra a Ucrânia.
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