Publicado 30/09/2022 14:23 | Atualizado 30/09/2022 16:46
Londres - A polícia britânica anunciou nesta sexta-feira (30) a reabertura de uma investigação sobre o assassinato de uma criança de 12 anos em 1964 por um casal de assassinos em série. O caso foi retomado após a descoberta do que seriam possíveis restos humanos.
A criança, Keith Bennett, foi uma das vítimas dos assassinos Ian Brady e Myra Hindley, que enterravam suas vítimas em um sombrio pantano nas redondezas da cidade de Manchester, no noroeste do país.
Acompanhados de agressões sexuais em alguns dos casos, a brutalidade dos crimes gera repulsa até hoje em dia, diante dos chamados "assassinatos do pântano", cometidos entre julho de 1963 e outubro de 1965.
A polícia de Manchester afirmou ter sido contatada pelo representante do autor que investigou a morte de Keith Bennett, cujo corpo nunca foi encontrado.
"Fomos informados que ele havia descoberto o que poderia ser restos humanos em uma parte remota do pântano", indica a polícia em um comunicado.
"O local foi avaliado na noite passada e, nesta manhã, especialistas começaram uma exploração inicial", acrescentaram os oficiais, além de informar que era "muito cedo para ter certeza" se os restos eram humanos.
Brady e Hingley foram presos em 1966 pelos assassinatos de John Kilbride, de 12 anos, Lesley Ann Downey, 10, e Edward Evans, 17. Anos depois, confessaram os assassinatos de Keith Bennett e da jovem Pauline Reade, de 16 anos.
Brady nunca expressou remorsos. O juiz responsável pelo julgamento afirmou que tanto ele como Hindley eram a representação absoluta do "mal".
Hindley morreu na prisão em 2002, já Brady faleceu em 2017.
A mãe de Keith Bennett, Winnie Johnson, morreu aos 78 anos em 2012, sem saber onde estava o corpo de seu filho.
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