Publicado 04/10/2022 19:18
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, irá colaborar com uma investigação sobre o uso de poderes de emergência contra protestos de caminhoneiros em Ottawa e bloqueios nos postos fronteiriços com os Estados Unidos, informou seu gabinete nesta terça-feira, 4.
Raramente usados em tempos de paz, esses poderes foram invocados em fevereiro após semanas de protestos que paralisaram a capital federal, Ottawa, e interromperam o comércio.
A comissão sobre o estado de emergência, liderada por um ex-juiz, deve dar início em 13 de outubro a seis semanas de audiências públicas.
O gabinete do primeiro-ministro disse à AFP que Trudeau espera ser convidado a testemunhar e que vê com bons olhos a oportunidade.
Sua decisão de recorrer à Lei de Emergências, que dá ao governo amplos poderes para lidar com uma crise, foi vista como um exagero por oponentes políticos e grupos de defesa das liberdades civis.
Trudeau argumentou na época que as autoridades precisavam de "mais ferramentas para restaurar a ordem" após três semanas de "atividades perigosas e ilegais". Uma decisão fortemente criticada pela oposição.
Inicialmente subestimado, o movimento de protesto nasceu de caminhoneiros críticos à obrigação de vacinação para cruzar a fronteira com os Estados Unidos, antes de se expandir para uma rejeição geral das regras de saúde pública no Canadá.
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