Publicado 07/10/2022 16:51
Os Estados Unidos não veem sinais de preparativos russos iminentes para usar uma arma nuclear, disse a Casa Branca nesta sexta-feira (7), depois que o presidente Joe Biden advertiu que o mundo corre o risco de um "Armagedom".
"Não vimos nenhuma razão a mais para ajustar nossa postura nuclear estratégica, nem temos indícios de que a Rússia esteja se preparando de maneira iminente para usar armas nucleares", disse a secretária de imprensa Karine Jean-Pierre a jornalistas a bordo do Air Force One.
Consultada sobre se o comentário alarmante de Biden feito na quinta refletia uma nova informação de inteligência, Karine se limitou a negar.
"Não enfrentamos a perspetiva de um 'Armagedom' desde (a presidência de John F.) Kennedy e a crise dos mísseis em Cuba" em 1962, disse Biden em referência à possibilidade de um apocalipse, durante uma coleta de fundos em Nova York, onde considerou que Putin "não estava brincando" ao ameaçar usar armas atômicas.
Entre 14 e 28 de outubro de 1962, o mundo esteve a ponto de uma confronto nuclear na chamada "crise de mísseis", quando os Estados Unidos denunciaram a presença de mísseis em Cuba, instalados pela União Soviética.
Agora, frente à obstinada resistência ucraniana, alimentada pela ajuda militar ocidental, Putin aludiu à bomba atômica em discurso televisionado em 21 de setembro. O presidente russo disse que estava disposto a utilizar "todos os meios" de seu arsenal contra o Ocidente, que acusou de querer "destruir" a Rússia.
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