Publicado 15/10/2022 12:24 | Atualizado 15/10/2022 12:31
O ministro das Finanças do Paquistão, Ishaq Dar, prometeu aos credores internacionais que dará continuidade às reformas econômicas em andamento, apesar de estimativas de que o país precisará de cerca de US$ 16 bilhões para se recuperar das inundações causadas pelas piores chuvas de monção em três décadas.
Dar anunciou também que uma conferência de doadores para alívio de desastres de enchentes, prometida pelo presidente francês, Emmanuel Macron, está marcada para novembro e que a medida pode ajudar o Paquistão a curto e longo prazo.
Um novo estudo encomendado, entre outros, pelo Banco Mundial estimou as perdas relacionadas às enchentes no Paquistão em US$ 32,4 bilhões e concluiu que o país precisaria de US$ 16,2 bilhões para a reconstrução, disse o ministro.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) entregou ao país US$ 1,1 bilhão no final de agosto, parte de um pacote de US$ 6 bilhões acordado em 2019, quando o governo liderado pelo primeiro-ministro Shehbaz Sharif acelerava a implementação de reformas.
"Nosso projeto é concluir com sucesso o programa (de reforma), mesmo que exija esforços adicionais", disse Dar à AFP na noite de sexta-feira (14) em Washington.
O Paquistão deseja "enviar um sinal positivo à comunidade internacional e aos mercados", grantiu, antes de agradecer aos credores por sua receptividade.
No Paquistão, país localizado entre o Afeganistão, Irã, Índia e China, cerca de 1.600 pessoas perderam a vida nas enchentes, que deixaram 7 milhões de desabrigados e provocaram temores de que desastres semelhantes ocorreriam com mais frequência devido às mudanças climáticas.
Leia mais