Kanye WestReprodução
Publicado 17/10/2022 19:19
O rapper americano Kanye West anunciou, nesta segunda-feira, 17, a intenção de compra da rede social Parler. A plataforma é conhecida entre o público conservador dos Estados Unidos ligados ao ex-presidente Donald Trump. O valor da transação, que deve ser concluída no último trimestre de 2022, não foi divulgado.

"Em um mundo onde as visões conservadoras são consideradas controversas, devemos garantir que temos o direito de nos expressar livremente", declarou West, em comunicado divulgado pela Parler.

Segundo o rapper, a compra da Parler vem como resposta ao suposto boicote que ele vem sofrendo das grandes empresas de tecnologia, já que na última semana, após publicar comentários considerados antissemitas no Instagram e Twitter, suas contas foram restringidas. Ainda esteve no centro das atenções após usar uma camisa com o slogan "White Lives Matter" (Vidas Brancas Importam), contrário ao famoso "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam), que simbolizou os protestos antirracistas de 2020 nos Estados Unidos.
George Farmer, CEO da Parler, comenta "Ye está dando um passo revolucionário no espaço midiático da liberdade de expressão e nunca mais terá que se preocupar em ser expulso das redes sociais".

Lançada em 2018, a popularidade da rede Parler aumentou depois que Trump foi permanentemente banido do Twitter após a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, quando o então presidente foi acusado de incitar seus apoiadores à violência. A plataforma tornou-se assim um refúgio para apoiadores de Trump e usuários de extrema-direita, que afirmavam ter sido censurados por outras plataformas como o Twitter. Desde então, atraiu assinaturas de muitas outras vozes republicanas dominantes.

Em desacordo com as crescentes ameaças de violência e atividades ilegais nas redes sociais, Apple e Google removeram a Parler de suas plataformas de download, junto da empresa Amazon Web Services (AWS). Entretanto, após anunciar uma reestruturação para focar nos usuários que correm o risco de serem banidos da internet, a rede social voltou a ficar disponível na App Store em abril de 2021 e na Google Play Store meses depois, em setembro.

Sua principal concorrente, Truth Social, a rede lançada por Trump, foi novamente aprovada pelo Google Play Store na semana passada depois de concordar em atualizar sua política de remoção de postagens que incitem à violência.
*Com informações da AFP
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