Publicado 18/10/2022 15:06
O presidente Joe Biden prometeu, nesta terça-feira, 18, que o primeiro projeto de lei que promulgará, caso os democratas mantenham o controle do Congresso nas eleições de meio de mandato de novembro, consagrará o direito ao aborto nos Estados Unidos.
"O primeiro projeto de lei que enviarei ao Congresso será codificar Roe vs. Wade", disse Biden em um discurso, referindo-se à histórica sentença da Suprema Corte que, há meio século, legalizou o aborto em todo país e que foi anulada por essa instância em junho.
A Casa Branca multiplica os discursos, como o desta terça-feira em Washington, na tentativa de contrariar as previsões para as eleições de 8 de novembro. Tradicionalmente, o partido da situação costuma sofrer um golpe nesse tipo de eleição, que é realizada a cada dois anos para renovar as cadeiras da Câmara de Representantes, parte do Senado e dezenas de governadores.
Este ano, os democratas enfrentam um potencial tsunami de insatisfação pela impopularidade do presidente, a situação econômica pós-pandemia e as guerras culturais em torno de educação, questões de gênero e aborto.
É no aborto que Biden vê uma potencial virada do jogo, depois de a Suprema Corte ter anulado a sentença histórica Roe vs. Wade que há meio século consagrou o acesso ao aborto em todo país.
Em seu discurso na capital, Biden volta a acusar os republicanos de quererem restringir ao máximo o aborto e pedirá aos eleitores que defendam esse direito com seu voto.
Em vez de se limitar a protestar contra os republicanos, Biden insiste em que as eleições são uma oportunidade para os democratas aumentarem sua maioria no Congresso para criar uma nova lei nacional de direitos ao aborto, que revogaria a decisão da Suprema Corte.
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