Publicado 20/10/2022 13:00 | Atualizado 20/10/2022 13:04
Sudão - Cerca de 150 pessoas morreram nas últimas 48 horas, incluindo mulheres e crianças, após confrontos entre tribos no sul do Sudão. As informações foram divulgadas por um diretor de hospital da região nesta quinta-feira, 20.
"No total, 86 pessoas ficaram feridas na quarta e quinta-feira", disse o funcionário Abbas Musa, do hospital da cidade Wad al Mahi, no estado do Nilo Azul, onde ocorreram os incidentes. A maioria dos atingidos sofre de queimaduras. Incêndios em residências e empresas são frequentes em combates tribais na região.
As autoridades impuseram um toque de recolher noturno na área, que faz fronteira com a Etiópia, na segunda-feira, 17, após a morte de 13 pessoas nos dias anteriores. Entre as vítimas estavam membros da tribo hausa e clãs rivais.
De acordo com a ONU, de julho ao início deste mês, pelo menos 149 pessoas morreram, centenas ficaram feridas e cerca de 65.000 foram deslocadas no Estado do Nilo Azul.
O surto de violência teve origem numa mobilização nacional dos hausa, com ataques a edifícios administrativos, para denunciar a discriminação que lhes foi imposta pela aplicação de leis tribais ancestrais. O direito, baseado nos costumes, proíbe os hausas de possuírem terras. Eles foram os últimos a chegar na região.
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