Desmatamento cresceu exponencialmenteMICHAEL DANTAS / AFP
Publicado 01/11/2022 14:47
O Egito convidou para a cúpula do clima, a COP27, que será aberta esta semana, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de ainda ter quase dois meses para que tome posse e substitua Jair Bolsonaro (PL), um cético em relação às mudanças climáticas.
"Convido você a vir ao Egito para participar da cúpula climática global COP27 em Sharm el-Sheikh", disse o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, segundo o porta-voz presidencial na segunda-feira.
Al-Sissi espera que o Brasil desempenhe um papel "positivo e construtivo" na cúpula, acrescentou. Um porta-voz de Lula informou à AFP que o líder de esquerda "está considerando ir, mas ainda não tomou a decisão".
Mais de 90 chefes de Estado e de governo comparecerão ao encontro climático no resort egípcio de Sharm el-Sheij entre 6 e 18 de novembro.
Cientistas do clima e ambientalistas reiteraram a enorme importância dos resultados das eleições no Brasil, onde fica a maior parte da floresta amazônica. O atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), se tornou uma figura detestada pelos defensores do meio ambiente por seu apoio às atividades madeireiras e mineradoras em áreas protegidas da maior floresta tropical do planeta.
Durante seu governo, a extração de madeira e os incêndios florestais cresceram exponencialmente e a floresta amazônica começou a liberar mais carbono do que absorve, mostram pesquisas. Embora o histórico ambiental de Lula não seja impecável, ativistas dizem que não há comparação entre ele e Bolsonaro.
Lula, que foi presidente entre 2003 e 2011, disse após sua vitória no domingo que durante seu novo mandato, que começará em 1º de janeiro de 2023, ele se esforçará para alcançar o "desmatamento zero"
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