Publicado 02/11/2022 22:03 | Atualizado 02/11/2022 22:04
Os vigias civis armados que fiscalizam alguns centros de votação no estado do Arizona, acusados por várias associações de intimidar eleitores, não poderão mais ficar a menos de 75 metros das urnas, às vésperas das eleições de meio de mandato, no próximo dia 8, determinou a Justiça americana.
As pessoas que se encontram posicionadas diariamente em frente a algumas urnas onde os americanos podem votar antecipadamente estão "proibidas temporariamente de portar armas de fogo dentro dos 76 metros" em torno das urnas e de "usar coletes à prova de balas no mesmo perímetro", diz a decisão emitida nesta terça-feira por um juiz federal.
Os vigias também estão proibidos de se manter, mesmo desarmados, a menos de 23 metros das urnas, seguir os eleitores e puxar assunto com os mesmos.
A votação para as eleições de meio de mandato começou há dez dias no Arizona, estado onde o presidente Joe Biden venceu seu antecessor Donald Trump (2017-2021) por uma margem estreita de 10.000 votos nas eleições de 2020.
As eleições de meio de mandato acontecem em um clima tenso, salpicado de suspeitas alimentadas por teorias da conspiração. Várias pessoas anônimas, algumas das quais exibindo armas de fogo, o que é permitido por lei no Arizona, estão posicionadas diante das urnas em diferentes pontos e filmam os eleitores que comparecem para votar.
Diversas associações apresentaram denúncias nas quais sustentam que existe uma "campanha de intimidação" de eleitores coordenada pelo grupo "Eleições Limpas", de autodenominados "patriotas".
Desde a eleição presidencial de 2020, vários grupos de extrema direita espalham teorias da conspiração de que algumas urnas estavam cheias de cédulas falsas nos Estados Unidos, apesar de pesquisas e recontagens terem provado a validade dos resultados.
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