Publicado 09/11/2022 18:20
A perda de massa de gelo na calota polar da Groenlândia ocorre em níveis acentuados no interior, o que provoca um agravamento no aumento do nível do mar, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (9) na revista Nature.
Até o momento, os cientistas se concentravam, sobretudo, no derretimento das faixas costeiras da calota de gelo, mas desta vez, o agrave ocorre no interior da ilha.
A descoberta é alarmante: o grande bloco de gelo, também chamado "inlandsis", que recobre o território da Groenlândia, passou a perder sua espessura a uma distância de 200 a 300 km da costa.
Os resultados afetam o Northest Greenland Ice Stream (NEGSI), uma parte do nordeste do 'inlandsis', que representa 12% da calota. No entanto, estima-se que este fenômeno ocorre, também, em toda a Groenlândia e na outra calota polar da Terra, a Antártica, segundo os autores.
Os cientistas estimam que o nível do mar poderia aumentar entre 13,5 e 15,5 milímetros até o fim do século.
Até o momento, os cientistas se concentravam, sobretudo, no derretimento das faixas costeiras da calota de gelo, mas desta vez, o agrave ocorre no interior da ilha.
A descoberta é alarmante: o grande bloco de gelo, também chamado "inlandsis", que recobre o território da Groenlândia, passou a perder sua espessura a uma distância de 200 a 300 km da costa.
Os resultados afetam o Northest Greenland Ice Stream (NEGSI), uma parte do nordeste do 'inlandsis', que representa 12% da calota. No entanto, estima-se que este fenômeno ocorre, também, em toda a Groenlândia e na outra calota polar da Terra, a Antártica, segundo os autores.
Os cientistas estimam que o nível do mar poderia aumentar entre 13,5 e 15,5 milímetros até o fim do século.
Em um relatório divulgado em 2021, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) considerou que a calota polar da Groenlândia poderia contribuir em até 18 centímetros de elevação do nível do mar por volta de 2100, mas isso em um cenário de emissões mais elevadas de gases de efeito estufa.
A calota polar da Groenlândia é atualmente o principal fator de aumento do nível dos oceanos, segundo a Nasa, pois a região do Ártico esquenta mais rapidamente do que o resto do mundo.
"O NEGIS poderia perder seis vezes mais gelo do que o estimado pelos modelos climáticos existentes", advertiu o informe.
Uma das razões para a calota perder espessura em seu interior é a entrada de correntes oceânicas quentes.
"O novo modelo dá conta verdadeiramente do que está ocorrendo no interior das terras, os [modelos] anteriores não o fazem [...] Estamos diante de uma mudança maciça, de uma projeção do nível do mar completamente diferente", explicou o autor principal do estudo, Shafaqat Abbas Khan, à AFP.
A calota polar da Groenlândia é atualmente o principal fator de aumento do nível dos oceanos, segundo a Nasa, pois a região do Ártico esquenta mais rapidamente do que o resto do mundo.
"O NEGIS poderia perder seis vezes mais gelo do que o estimado pelos modelos climáticos existentes", advertiu o informe.
Uma das razões para a calota perder espessura em seu interior é a entrada de correntes oceânicas quentes.
"O novo modelo dá conta verdadeiramente do que está ocorrendo no interior das terras, os [modelos] anteriores não o fazem [...] Estamos diante de uma mudança maciça, de uma projeção do nível do mar completamente diferente", explicou o autor principal do estudo, Shafaqat Abbas Khan, à AFP.
Segundo ele, é praticamente impossível reverter a perda de massa de gelo da calota polar da Groenlândia, mas é possível contê-la com políticas adequadas contra as mudanças climáticas.
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