Publicado 10/11/2022 16:45
O primeiro encontro presencial de Joe Biden com o líder chinês, Xi Jinping, desde a eleição do presidente Americano, será na segunda-feira (14). O encontro tem como objetivo, pelo menos por parte de Biden, de gerenciar a tensão entre as duas potências de forma "responsável".
Os dois líderes já realizaram cinco reuniões por telefone ou videoconferência, mas desta vez a reunião será presencial em Bali, na Indonésia, à margem da cúpula do G20. O anuncio do encontro foi feito pela Casa Branca nesta quinta-feira (10).
A reunião visa "gerenciar com responsabilidade" a rivalidade entre a China e os Estados Unidos, disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em nota.
Os dirigentes vão tratar, também, de uma série de questões "internacionais e regionais", explicou a responsável, mas sem mencionar explicitamente Taiwan, foco de maior tensão entre os dois países.
Os dirigentes vão tratar, também, de uma série de questões "internacionais e regionais", explicou a responsável, mas sem mencionar explicitamente Taiwan, foco de maior tensão entre os dois países.
Biden disse nesta quarta-feira (9) que "o que quer fazer quando conversarem é determinar o tipo de linha vermelha mútua que não deve ser cruzada".
"A doutrina sobre Taiwan não mudou em nada", afirmou, ao evitar comentários anteriores que provocaram reações negativas em Pequim de que os militares dos Estados Unidos defenderiam Taiwan se a ilha fosse atacada.
Um alto funcionário da Casa Branca afirmou que Biden ainda tem a intenção de ser "franco" sobre um conjunto de "preocupações" de Washington.
Entre elas estão as ações chinesas que "perturbam a paz e a estabilidade do Estreito de Taiwan", assim como "as preocupações de longa data sobre os abusos dos direitos humanos" e as "práticas econômicas prejudiciais" da China.
Biden também pretende falar sobre a Rússia, com a intenção de que a China se distancie de Moscou, já que, como apontou o alto funcionário, a ameaça de usar armas nucleares na Ucrânia está recente.
"A doutrina sobre Taiwan não mudou em nada", afirmou, ao evitar comentários anteriores que provocaram reações negativas em Pequim de que os militares dos Estados Unidos defenderiam Taiwan se a ilha fosse atacada.
Um alto funcionário da Casa Branca afirmou que Biden ainda tem a intenção de ser "franco" sobre um conjunto de "preocupações" de Washington.
Entre elas estão as ações chinesas que "perturbam a paz e a estabilidade do Estreito de Taiwan", assim como "as preocupações de longa data sobre os abusos dos direitos humanos" e as "práticas econômicas prejudiciais" da China.
Biden também pretende falar sobre a Rússia, com a intenção de que a China se distancie de Moscou, já que, como apontou o alto funcionário, a ameaça de usar armas nucleares na Ucrânia está recente.
Além disso, a Coreia do Norte ainda é outro fator do encontro. Já que em um momento em que Pyongyang multiplica seus lançamentos de mísseis, Washington deseja que Pequim use sua influência sobre o líder norte-coreano, Kim Jong Un.
Não há resultados "concretos"
O responsável esclareceu em coletiva de imprensa que a Casa Branca não espera obter resultados "concretos" com esta reunião. O objetivo, disse ele, é evitar "mal-entendidos e equívocos" e manter as linhas de comunicação abertas em todos os níveis.
Outra conflito é o recente aperto dos Estados Unidos em seus controles de exportação, o que supostamente complicará o desenvolvimento de semicondutores avançados na China, uma medida amplamente criticada por Pequim.
"É uma medida seletiva", disse o alto funcionário americano nesta quinta-feira, "motivada por razões de segurança e defesa, não por algo mais amplo que tenha um grande impacto na economia chinesa ou no povo chinês".
Xi Jinping ganhou um terceiro mandato no Congresso do Partido Comunista Chinês no mês passado, consolidando-se como o líder chinês mais poderoso desde Mao Tse-tung.
Enquanto isso, Biden saiu das eleições de meio de mandato um pouco renovado, depois de evitar a "onda vermelha" da oposição republicana.
O democrata de 79 anos fez da rivalidade com a China, seja comercial, diplomática, militar ou tecnológica, o eixo principal de sua política externa, ao mesmo tempo em que reitera que não quer uma nova "Guerra Fria".
O alto funcionário da Casa Branca garantiu nesta quinta-feira que os Estados Unidos não têm uma estratégia de "contenção" em relação à China, como a aplicada contra a União Soviética para impedir a propagação do comunismo no mundo.
O responsável esclareceu em coletiva de imprensa que a Casa Branca não espera obter resultados "concretos" com esta reunião. O objetivo, disse ele, é evitar "mal-entendidos e equívocos" e manter as linhas de comunicação abertas em todos os níveis.
Outra conflito é o recente aperto dos Estados Unidos em seus controles de exportação, o que supostamente complicará o desenvolvimento de semicondutores avançados na China, uma medida amplamente criticada por Pequim.
"É uma medida seletiva", disse o alto funcionário americano nesta quinta-feira, "motivada por razões de segurança e defesa, não por algo mais amplo que tenha um grande impacto na economia chinesa ou no povo chinês".
Xi Jinping ganhou um terceiro mandato no Congresso do Partido Comunista Chinês no mês passado, consolidando-se como o líder chinês mais poderoso desde Mao Tse-tung.
Enquanto isso, Biden saiu das eleições de meio de mandato um pouco renovado, depois de evitar a "onda vermelha" da oposição republicana.
O democrata de 79 anos fez da rivalidade com a China, seja comercial, diplomática, militar ou tecnológica, o eixo principal de sua política externa, ao mesmo tempo em que reitera que não quer uma nova "Guerra Fria".
O alto funcionário da Casa Branca garantiu nesta quinta-feira que os Estados Unidos não têm uma estratégia de "contenção" em relação à China, como a aplicada contra a União Soviética para impedir a propagação do comunismo no mundo.
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