Publicado 27/11/2022 20:38 | Atualizado 27/11/2022 20:41
A saída do Reino Unido da União Europeia (UE) acentuou o problema da falta de médicos em território britânico, segundo um estudo divulgado neste domingo (27) e realizado por um laboratório de ideias especializado em questões de saúde.
O relatório foi publicado pelo jornal The Guardian em um momento de controvérsia no Reino Unido pelas longas listas de espera em hospitais e a falta de pessoal.
De acordo com o estudo, por causa do Brexit, há 4 mil profissionais de outros países da UE a menos no sistema de saúde britânico.
O grupo de estudos Nuffield Trust examinou a situação em quatro especialidades (anestesia, pediatria, cirurgia cardiotorácica e psiquiatria) nas quais os profissionais de outros países europeus eram particularmente numerosos.
Segundo a pesquisa, se tivesse sido mantida a mesma tendência anterior ao Brexit, em 2021 teria havido 41 mil médicos da UE e dos demais países da Associação Europeia de Comércio Livre (Noruega, Islândia, Suíça e Liechtenstein), ou seja, 4 mil a mais do que os números atuais.
"A campanha e o resultado do referendo (de 2016, que foi aplicado a partir de 2020) é o motivo evidente para esta mudança de tendência", segundo o Nuffield Trust.
O estudo especifica como causas a incerteza inicial devido às novas regras de circulação de pessoas, o endurecimento das normas de atribuição de vistos e a "piora das condições de trabalho".
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