Zelensky assegurou que seu país será o vencedor do conflito e que dará um golpe devastador nas ambições de PutinAFP
Publicado 14/12/2022 12:00
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, renovou nesta quarta-feira, 14, as pressões para estabelecer um tribunal especial que julgue a Rússia pelo crime de agressão contra seu país. "Isso precisa se tornar realidade o mais rápido possível", disse durante um discurso por videoconferência ao Parlamento Europeu.
"Peço a todos vocês (...) que apoiem este trabalho. O tribunal deve começar a trabalhar", disse Zelensky ao receber o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, atribuído pelo Parlamento Europeu "ao povo da Ucrânia". 
Para Zelensky, os ucranianos "não podem esperar pelo fim da guerra" para julgar os responsáveis pelo conflito, acrescentando que "também devemos evitar que tais agressões se repitam".
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia (braço Executivo da União Europeia), já se pronunciou no final de novembro a favor da criação deste tribunal especial para julgar a guerra iniciada pela Rússia contra a Ucrânia em fevereiro.
"Estamos prontos para começar a trabalhar com a comunidade internacional para obter o maior apoio internacional possível para este tribunal", disse, acrescentando que "a Rússia deve pagar por seus crimes horríveis, incluindo o crime de agressão contra um Estado soberano".
Em seu discurso nesta quarta, Zelensky destacou que "as cidades e os povoados destruídos pela Rússia, as vidas destruídas, devem ser refletidos nas sentenças não apenas para aqueles que cometeram tudo isso, diretamente, mas também para os que organizaram e iniciaram esta agressão".
Zelensky assegurou que seu país será o vencedor do conflito e que dará um golpe devastador nas ambições do presidente russo, Vladimir Putin.
"Venceremos para que não haja tentativas de aplicar, novamente, uma política genocida contra nosso povo, tanto na Ucrânia quanto em toda Europa", afirmou.

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