Coreia do Norte dispara dois novos mísseis balísticos no Mar do Japão

Os mísseis percorreram cerca de 500 km e atingiram uma altitude máxima de 550 km, segundo o Ministério da Defesa japonês

Kim declarou sua intenção de que a Coreia do Norte tenha a força nuclear mais poderosa do mundoAFP
Publicado 18/12/2022 14:52
Pyongyang - A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos neste domingo, 18, dias depois de Pyongyang anunciar o teste bem-sucedido de um motor de combustível sólido para um novo sistema militar, informaram as Forças Armadas sul-coreanas.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse ter detectado dois mísseis balísticos lançados da área de Tongchang-ri, na província de Pyongan do Norte. Os mísseis foram lançados entre 11h13 e 12h05 (23h13 de sábado e 00h05 de domingo, no horário de Brasília) em direção ao Mar do Japão, informou a agência militar sul-coreana.
"Nossas forças armadas fortaleceram a vigilância enquanto cooperam estreitamente com os Estados Unidos e mantêm uma postura de total prontidão", disse o Estado-Maior em comunicado.
Os mísseis percorreram cerca de 500 km e atingiram uma altitude máxima de 550 km, segundo o Ministério da Defesa do Japão.
"É uma ameaça à paz e à segurança de nosso país, desta região e da comunidade internacional, e é absolutamente inaceitável", denunciou o vice-ministro da Defesa do Japão, Toshiro Ino.
As tensões na península coreana aumentaram este ano com uma onda sem precedentes de testes de armas pelo Norte, incluindo o lançamento em novembro de seu mais avançado míssil balístico intercontinental (ICBM).
Os mísseis deste domingo foram lançados pouco depois de Pyongyang testar um "motor de combustível sólido de alto impulso" que a mídia estatal chamou de um teste importante "para o desenvolvimento de um novo tipo de arma estratégica".
Apesar das duras sanções internacionais contra seu programa de guerra, a Coreia do Norte construiu um arsenal de ICBMs. Todos os seus ICBMs conhecidos até agora usam combustível líquido e o líder norte-coreano Kim Jong Un fez do desenvolvimento de motores de combustível sólido uma prioridade estratégica para ter mísseis mais avançados.
Kim disse no ano passado que deseja ter um ICBM de combustível sólido que possa ser lançado da terra ou de um submarino. Embora o teste recente do motor aponte para esse objetivo, não ficou claro até que ponto Pyongyang progrediu no desenvolvimento de tal míssil, segundo analistas.
Depois de supervisionar o lançamento do míssil "monstro" Hwasong-17 em novembro, Kim declarou sua intenção de que a Coreia do Norte tenha a força nuclear mais poderosa do mundo.
Os rumos políticos do país isolado no próximo ano serão definidos em reunião partidária neste mês. A agência de notícias KCNA informou anteriormente que Kim havia dito que 2023 será um "ano histórico".
Nos anos anteriores, Kim fazia um discurso todo dia 1º de janeiro, mas recentemente abandonou a tradição de fazer anúncios no final da reunião partidária de fim de ano. Em sua mensagem mais recente, Kim se concentrou em assuntos internos.
Embora tenha evitado se referir diretamente aos Estados Unidos naquela ocasião, especialistas dizem que ele pode mudar de tom este ano. Washington e Seul alertaram que sua mensagem pode ser o prelúdio do sétimo teste nuclear na história da Coreia do Norte.
Desde 2006, o país enfrentou inúmeras sanções do Conselho de Segurança da ONU por suas atividades nucleares e balísticas.
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Coreia do Norte dispara dois novos mísseis balísticos no Mar do Japão

Os mísseis percorreram cerca de 500 km e atingiram uma altitude máxima de 550 km, segundo o Ministério da Defesa japonês

Kim declarou sua intenção de que a Coreia do Norte tenha a força nuclear mais poderosa do mundoAFP
Publicado 18/12/2022 14:52
Pyongyang - A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos neste domingo, 18, dias depois de Pyongyang anunciar o teste bem-sucedido de um motor de combustível sólido para um novo sistema militar, informaram as Forças Armadas sul-coreanas.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse ter detectado dois mísseis balísticos lançados da área de Tongchang-ri, na província de Pyongan do Norte. Os mísseis foram lançados entre 11h13 e 12h05 (23h13 de sábado e 00h05 de domingo, no horário de Brasília) em direção ao Mar do Japão, informou a agência militar sul-coreana.
"Nossas forças armadas fortaleceram a vigilância enquanto cooperam estreitamente com os Estados Unidos e mantêm uma postura de total prontidão", disse o Estado-Maior em comunicado.
Os mísseis percorreram cerca de 500 km e atingiram uma altitude máxima de 550 km, segundo o Ministério da Defesa do Japão.
"É uma ameaça à paz e à segurança de nosso país, desta região e da comunidade internacional, e é absolutamente inaceitável", denunciou o vice-ministro da Defesa do Japão, Toshiro Ino.
As tensões na península coreana aumentaram este ano com uma onda sem precedentes de testes de armas pelo Norte, incluindo o lançamento em novembro de seu mais avançado míssil balístico intercontinental (ICBM).
Os mísseis deste domingo foram lançados pouco depois de Pyongyang testar um "motor de combustível sólido de alto impulso" que a mídia estatal chamou de um teste importante "para o desenvolvimento de um novo tipo de arma estratégica".
Apesar das duras sanções internacionais contra seu programa de guerra, a Coreia do Norte construiu um arsenal de ICBMs. Todos os seus ICBMs conhecidos até agora usam combustível líquido e o líder norte-coreano Kim Jong Un fez do desenvolvimento de motores de combustível sólido uma prioridade estratégica para ter mísseis mais avançados.
Kim disse no ano passado que deseja ter um ICBM de combustível sólido que possa ser lançado da terra ou de um submarino. Embora o teste recente do motor aponte para esse objetivo, não ficou claro até que ponto Pyongyang progrediu no desenvolvimento de tal míssil, segundo analistas.
Depois de supervisionar o lançamento do míssil "monstro" Hwasong-17 em novembro, Kim declarou sua intenção de que a Coreia do Norte tenha a força nuclear mais poderosa do mundo.
Os rumos políticos do país isolado no próximo ano serão definidos em reunião partidária neste mês. A agência de notícias KCNA informou anteriormente que Kim havia dito que 2023 será um "ano histórico".
Nos anos anteriores, Kim fazia um discurso todo dia 1º de janeiro, mas recentemente abandonou a tradição de fazer anúncios no final da reunião partidária de fim de ano. Em sua mensagem mais recente, Kim se concentrou em assuntos internos.
Embora tenha evitado se referir diretamente aos Estados Unidos naquela ocasião, especialistas dizem que ele pode mudar de tom este ano. Washington e Seul alertaram que sua mensagem pode ser o prelúdio do sétimo teste nuclear na história da Coreia do Norte.
Desde 2006, o país enfrentou inúmeras sanções do Conselho de Segurança da ONU por suas atividades nucleares e balísticas.
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