Publicado 05/01/2023 16:26
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou, nesta quinta-feira (5), o primeiro cessar-fogo desde que o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado. As tropas russas não irão atacar por 36 horas, a partir do meio-dia de amanhã, dia 6, até o dia 7 — quando é celebrado o Natal ortodoxo.
Grande parte da população da Rússia e Ucrânia é adepta ao cristianismo ortodoxo, ou seja, não comemora o Natal em 25 de dezembro, já que o calendário das celebrações religiosas é diferente.
Grande parte da população da Rússia e Ucrânia é adepta ao cristianismo ortodoxo, ou seja, não comemora o Natal em 25 de dezembro, já que o calendário das celebrações religiosas é diferente.
Em comunicado, Putin disse ter seguido orientação do patriarca da Igreja Ortodoxa russa, Cirilo, que é aliado político do mandatário.
"A partir do fato de um grande número de cidadãos de fé ortodoxa moram nas áreas das hostilidades, pedimos ao lado ucraniano para declarar um cessar-fogo e permitir a eles participar dos serviços na véspera e no dia do Natal", afirmou Putin.
"A partir do fato de um grande número de cidadãos de fé ortodoxa moram nas áreas das hostilidades, pedimos ao lado ucraniano para declarar um cessar-fogo e permitir a eles participar dos serviços na véspera e no dia do Natal", afirmou Putin.
Ele, ao anunciar a medida, sugeriu que Kiev também aderisse ao cessar-fogo. A Ucrânia, por outro lado, rejeitou a sugestão e a considerou "hipocrisia".
Nas redes sociais, o assessor presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak afirmou que a proposta de Cirilo era "uma armadilha cínica e elemento de propaganda".
Nas redes sociais, o assessor presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak afirmou que a proposta de Cirilo era "uma armadilha cínica e elemento de propaganda".
Após a emissão do comunicado de Putin , ele escreveu que "a Federação Russa deve deixar os territórios ocupados, e só aí haverá uma trégua temporária". "Guarde a hipocrisia para si", publicou.
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