Publicado 06/01/2023 16:05
A presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Kansas City, Esther George, alertou, nesta sexta-feira, 6, para o risco de que a inflação se incorpore de forma mais definitiva à economia dos Estados Unidos.
Em discurso preparado para evento, a dirigente explicou que, quanto mais tempo a inflação superar a meta de 2%, maior o risco de que comece a afetar as expectativas de trabalhadores, produtores e consumidores. "A história tem mostrado que, uma vez que a inflação se torna arraigada nas expectativas públicas, pode ser muito caro para combater", adverte.
George, que não tem direito a voto nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), ressaltou que as pressões inflacionárias no país ainda refletem desequilíbrios entre oferta e demanda, em parte como resultado da guerra na Ucrânia. "Visto que o conflito continua inabalável e que a possibilidade de que os preços da energia e da safra voltem a subir, pressão renovada sobre a inflação geral é certamente um risco muito real", diz.
Nesse cenário, o quanto de aperto monetário será necessário para reverter o quadro ainda é incerto, segundo ela. "Os formuladores de políticas, sem dúvida, enfrentarão escolhas mais complicadas e difíceis de comunicações à medida que os tradeoffs entre inflação e emprego se tornam mais aparentes", ressalta.
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