O gabinete presidencial disse que ele urinou por causa do 'extremo patriotismo' que sentiaReprodução: redes sociais
Publicado 07/01/2023 17:09 | Atualizado 07/01/2023 17:17
Seis jornalistas foram presos na última terça-feira, 3, no Sudão do Sul, depois que divulgaram um vídeo mostrando o presidente Salva Kiir urinando nas calças em uma cerimônia oficial, informou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), que exige sua libertação. De acordo com o gabinete presidencial, mandatário urinou por causa do "extremo patriotismo" que sentia.
Os jornalistas da televisão estatal foram presos por agentes do Serviço de Segurança Nacional, disse o CPJ com sede em Nova York em um comunicado divulgado na sexta-feira, 6.
Segundo a organização, que cita a imprensa local e outras fontes próximas ao caso, os repórteres estão sendo investigados após a divulgação do que viralizou nas redes sociais em dezembro, mostrando o chefe de Estado urinando em si mesmo em uma cerimônia oficial.
Essas prisões são "uma tendência das forças de segurança de recorrer à detenção arbitrária quando as autoridades acreditam que a cobertura da mídia é desfavorável", disse o representante do CPJ para a África Subsaariana, Muthoko Mumo.
"As autoridades devem libertar os jornalistas incondicionalmente e garantir que possam trabalhar sem serem intimidados ou ameaçados de prisão", acrescentou.
O Sindicato dos Jornalistas do Sudão do Sul também pediu o fim das investigações sobre os seis jornalistas, que são suspeitos de "terem conhecimento da 'sequência precisa' do vídeo divulgado ao público".
"Se houve má conduta profissional ou infração", às autoridades devem "tratá-la de forma justa, transparente e de acordo com a lei", afirmou.
 
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