Na visita, Biden 'inspecionará os esforços de reconstrução e avaliará a necessidade de ajuda adicional'AFP
Publicado 17/01/2023 13:13 | Atualizado 17/01/2023 14:13
Califórnia - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, viajará na quinta-feira, 19, para regiões da Califórnia que foram devastadas por uma série de tempestades. As enchentes já deixaram pelo menos 19 mortos. 
Segundo comunicado divulgado pela Casa Branca nesta segunda-feira, 16, Biden "inspecionará os esforços de reconstrução e avaliará a necessidade de ajuda adicional". Desde o final de dezembro, a Califórnia sofre inundações e deslizamentos de terra causados pelas violentas tempestades de inverno. As autoridades calculam danos no valor de cerca de US$ 1 bilhão.
No norte do estado, San Francisco registrou mais de 450 milímetros de chuva desde 26 de dezembro, de acordo com um relatório do Serviço de Meteorologia Nacional (NWS, na sigla em inglês). É o período de 22 dias mais chuvoso na cidade "desde 14 de janeiro de 1862", acrescentou o NWS.
No Vale Central, a região mais fértil da Califórnia que produz 40% das frutas do país, Modesto quebrou na segunda-feira o recorde de chuvas diárias desde 1950, e Stockton, o de 1973, tuitou o NWS de Sacramento.
No sábado, 14, fortes chuvas voltaram a cair na costa do Pacífico, fazendo os rios transbordarem e inundarem áreas urbanas, casas e terras agrícolas afetadas por uma seca sem fim. A série de tempestades pode, no entanto, terminar em breve. O NWS prevê um "tempo mais seco na Califórnia e no sudoeste dos Estados Unidos" no fim de semana.
Com isso, talvez a Califórnia tenha tempo para consertar os danos e restabelecer a eletricidade, já que cerca de 23.800 casas continuavam sem luz nesta segunda-feira, 16. Além disso, deve aprender as lições deste clima ruim "sem precedentes nas nossas vidas", segundo as palavras do governador Gavin Newsom.
Em San Francisco, os últimos três meses foram os mais chuvosos desde o inverno de 1972-73. Ao mesmo tempo, a Califórnia, cuja agricultura alimenta a América do Norte, enfrenta uma seca prolongada sem precedentes.
Apesar da intensidade, as chuvas das últimas semanas não reverterão essa tendência. "Não serão suficientes para reabastecer o lago Mead", advertiu o NWS, referindo-se a este gigantesco reservatório no rio Colorado que abastece a Califórnia com água, cujo nível vem caindo, inexoravelmente, há anos.
De acordo com cientistas, o aquecimento global aumenta a frequência e a intensidade de eventos climáticos extremos.
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